domingo, 22 de maio de 2011

Ser Bruxa é Ser:


Transformar-se em bruxa é um processo lento e cheio de

cuidados. É necessário um doce encanto da grande Mãe Terra: o trabalho da Lua e seus ciclos, o calor do Sol e a dança silenciosa dos Astros.


De repente você se vê perdida observando o passar das nuvens, o colorido da natureza, arrepiando-se com o vento morno das tardes de verão, sentindo o fluxo da Lua em seu corpo, e, quando se dá conta, aconteceu: a bruxa nasceu!



Outras coisas acontecem, como o telefone tocar e se saber quem é, pensar na pessoa e ela aparecer. Mas a alquimia do cozinhar é uma das experiências mais fortes na velha arte da bruxaria.

Quando se cozinha, os elementos estão em nossas mãos, fazemos o supremo feitiço da transmutação da matéria. A transformação do trigo em pão, do vinho em vinagre, o poder mágico dos ingredientes.

Com o ato de cozinhar você se verá com a sensibilidade da Lua, o profundo olhar prateado que tudo vê e descobre. Cozinhar é o mais sagrado ritual. No ato de transformar os alimentos estamos nos transformando. Claro que quem cozinha sem amor e concentração, como se fosse um sacrifício, produz alimentos sem mágica, sendo só um amontoado de massa que se digere sem prazer...





Descobrimo-nos bruxas quando conseguimos nos perceber enquanto mulher. De nada adianta querer ser feiticeira se não se conhece o segredo do feminino! É necessário primeiro o reconhecimento da fêmea que trazemos dentro de nós, essa parceira desconhecida que nos acompanha desde o nosso nascimento. Uma parceira silenciosa, que aponta a cada instante o caminho da sensibilidade...

O universo feminino foi por séculos sufocado por uma sociedade fálica, onde predominou a linguagem do poder. Nesse discurso, não encontramos em momento algum a doçura da transcendência. Tudo fica estabelecido num sistema quadrado, composto por retas e inibidor de curvas. Voltas sinuosas que nos indicam sempre o caminho da profundidade.

Só seu coração poderá sentir o chamado...



Bruxas-visão antiga




Uma bruxa é geralmente retratada no imaginário popular como uma mulher velha e encarquilhada, exímia e contumaz manipuladora de Magia Negra e dotada de uma gargalhada terrível. É inegável a conexão entre esta visão e a visão da Hag ou Crone[1] dos anglófonos. É também muito popularizada a imagem da bruxa como a de uma mulher sentada sobre uma vassoura voadora, ou com a mesma passada por entre as pernas, andando aos saltitos. Alguns autores utilizam o termo, contudo, para designar as mulheres sábias detentoras de conhecimentos sobre a natureza e, possivelmente, magia.

Algumas bruxas históricas adquiriram alguma notoriedade, como é o caso chamadas Bruxas de Salem, a Bruxa de Evóra e Dame Alice Kytler (bruxa inglesa). São também bastante populares na literatura de ficção, como nos livros da popular série Harry Potter, nos livros de Marion Zimmer Bradley (autora de As Brumas de Avalon, que versam sobre uma vasta comunidade de bruxos e bruxas cuja maioria prefere evitar a magia negra, ou a trilogia sobre as bruxas Mayfair, de Anne Rice.
As bruxas foram implacavelmente caçadas durante a inquisição na Idade Média. Um dos métodos usados pelos inquisidores para identificar uma bruxa nos julgamentos do Santo Ofício consistia na comparação do peso da ré com o peso de uma Bíblia gigante. Aquelas que fossem mais leves eram consideradas bruxas, pois dizia-se que as bruxas adquiriam uma leveza sobrenatural. Frequentemente as bruxas são associadas a gatos pretos, que dentre as Bruxas Tradicionais são os chamados Puckerel, muitas vezes tidos como espíritos guardiões da Arte da Bruxas, que habitam o corpo de um animal. Estes costumam ser designados na literatura como Familiares.
Diziam que as bruxas voavam em vassouras a noite e principalmente em noites de lua cheia, que faziam feitiços e transformavam as pessoas em animais e que eram más.
Hoje em dia essas antigas superstições como a da bruxa velha da vassoura na lua cheia já foram suavizadas, devido à maior tolerância entre religiões, sincretismo religioso e divulgação do paganismo. Gerald Gardner tem destaque nesse cenário como o pai da Religião Wicca- A Religião da Moderna Bruxaria Pagã, formada por pessoas que são Bruxos/as mas que utilizam a "Arte dos Sábios" ou a "Antiga Religião" mesclada a práticas e conhecimentos de outras tradições. A classificação de magia como negra e branca´não existe para os bruxos, pois se fundamentam nos conceitos de bem e mal, que não fazem parte de suas crenças, por isso, como costumam dizer, toda magia é cinza.
A Arte das Bruxas como era feita antes é chamada de Bruxaria Tradicional, ainda remanescendo até os dias atuais em grupos seletos, via de regra ocultos. Hoje também pode-se encontrar uma vasta quantidade de livros e sites que explicam a "Antiga Religião" mas geralmente se tratam de Wicca, pois os membros de grupos de Bruxaria Tradicional costumam preferir o ostracismo, revelando-se publicamente apenas em ocasiões especiais ou para que novos candidatos os localizem.