sábado, 30 de junho de 2012

SER ZEN

Ser zen não é ficar numa boa o tempo todo, de papo para o ar, achando tudo lindo sem fazer nada. Ser zen é ser ativo. É estar forte e decidido. E caminhar com leveza, mas com certeza. É auxiliar a quem precisa, no que precisa e não no que se idealiza. Ser zen é ser simples. Da simplicidade dos santos e dos sábios. Que não precisam de nada. Nada mais que o necessário. Para o encontro, a comida, a cama, a diversão, o trabalho. Ser zen é fluir com o fluir da vida. Sem drama, sem complicação. Na hora de comer come comendo, sem ver televisão, sem falar desnecessário. Sente o sabor do alimento, a textura, o condimento. Sente a ternura (ou não) da mão que plantou e colheu, da terra que recebeu e alimentou, do sol que deu energia, da água que molhou, de todos os elementos que tornam possível um pequeno prato de comida à nossa frente. Sente gratidão, não desperdiça. Come com alegria. Para satisfazer a fome de todos os famintos. Bebe para satisfazer a sede de todos os sedentos. Agradecendo e se lembrando de onde vem e para onde vai. A chuva, o sol, o vento, o guarda, o policial, o bandido, o açougueiro, o juiz, a feiticeira, o padre, a arrumadeira, o bancário e o banqueiro, o servente e o garçom, a médica e o doutor, o enfermeiro e o doente, a doença e a saúde, a vida e a morte, a imensidão e o nada, o vazio e o cheio, o tudo e cada parte. Ser zen é ser livre e saber os seus limites. SER zen é servir, é cuidar, é respeitar, compartilhar. Ser zen é hospitalidade, é ternura, é acolhida. Ser zen é o kyosaku, bastão de madeira sábia, que acorda sem ferir, que lembra deste momento, dos pés no chão como indígenas, sentindo a Terra-Mãe sustentando nossos sonhos, nossas fantasias, nossas dores, nossas alegrias. Ser zen é morrer. Morrer para a dualidade, para o falso, a mentira, a iniqüidade. Ser zen é renascer a cada instante. Na flor, na semente, na barata, no bicho do livro na estante. Ser zen é jamais esquecer de um gesto, de um olhar, de um carinho trocado no presente-futuropassado. Ser zen é não carregar rancores, ódios, cismas nem terrores. Ser zen é trocar pneu, as mãos sujas de graxa. Ser zen é ser pedreiro, fazendo e refazendo casas. Ser zen é ser simplesmente quem somos e nada mais. É ser a respiração que respira em cada ação. É fazer meditação, sentar-se para uma parede, olhar para si mesmo. Encontrar suas várias faces, seus sorrisos, suas dores. É entregar-se ao desconhecido aspecto do vazio. Não ter medo do medo. Não se fazer ou, se o fizer, assim o perceber e voltar. Ser zen é voltar para o não-saber, pois não sabemos quase nada. Não sabemos o começo, nem o meio, muito menos o fim. E tudo tem começo, meio e fim. Ser zen é estar envolvido nos problemas da cidade, da rua, da comunidade. oferecer soluções, ter criatividade, sorrir dos erros, se desculpar e sempre procurar melhorar. Ser zen é estar presente. Aqui, neste mesmo lugar. Respirando simplesmente, observando os pensamentos, memórias, aborrecimentos, alegrias e esperanças. Quando? Agora, neste instante. É estar bem aqui onde quando se fala já se foi. Tempo girando, correndo, passando, e nós passando com ele. Sem separação. Ser zen é Ser Tempo. Ser zen é Ser Existência...." Monja Coen

BUSCANDO SUA VERDADEIRA ESSENCIA.

Muitos não conhecem a si mesmos e não sabem o ser de luz e harmonia que habita dentro de cada um. Todos temos uma forma pura de matéria, a essencia natural. Quando nascemos somos pura energia, não temos interferencias, contas a pagar, problemas a resolver, somos a energia pura e precisamos do planeta e do ambiente em harmonia para crescer. Mas a medida que o tempo passa e nos tornamos adultos, esta essencia de luz vai desaparecendo por completo e acabamos dentro de muitos mundos que não nos pertencem, como doenças, desafetos, mal relacionamentos e tantas coisas que são inúmeras. No ser adulto falta a luz, a harmonia, o jeito de criança, porque a essencia está lá no fundo massacrada por tantas camadas pesadas de sofrimento. Fomos ensinados e suportar, se redimir e se anular perante o poder dos outros, sofrer para muitos é algo importante que leva a consagração, visto o que muitos conceitos religiosos afirmam. Na verdade, cada vez que alimentamos sofrimento, mágoas, raiva, depressão e outras coisas, estamos nos afastando da nossa essencia energética e estamos mais limitados a vida, com muito mais sofrimento. Deixar que as interferencias povoem nossa existencia, é algo ruim, pois cada vez que damos nosso poder, vamos enfraquecendo até não ser mais ninguém. Porem quando buscamos a nossa essencia, muita coisa surge, a criatividade, a alegria, o lado lúdico, a prosperidade e muita coisa boa. É um brilho natural que acompanha a essencia, ela ativada e com todos os centros de energia equilibrados, há amor próprio, há poder. Não algo desmedido, mas algo equilibrado pelo Universo e pela nossa natureza. Não é confortável para ninguém viver sob estress intenso, a vida fica pequena e limitada, quando se tem prazer tudo flui e somos premiados com um belo semblante. Para ativar a essencia, é preciso buscar a si mesmo e dar um basta a todas as situações constrangedoras e limitantes de todos os dias. Não dar mais tanto poder aos outros, ver que Você mesmo tem e muito valor. Não faça nada por obrigação e sim por prazer, não é porque todos no seu grupo vão para um buraco que Você também vai? Drogas nem pensar, elas desalinham nossos centros energéticos de forma permanente e podem matar a essencia, a única fonte de prazer é a própria alegria, que já nasceu conosco. Faça sempre que puder "O Dia de Mim", saia, dê presentes, mime, a si mesmo, esqueça por algum tempo os outros, neste dia o mais importante é Você. Sempre que puder curta a natureza e mesmo na imaginação tente vizualizar a Luz, o Sol, a Terra, a Água, o Fogo e o Ar. É a nossa matéria, e precisamos estar sempre em harmonia com nosso ambiente. Nunca esqueça da sua essencia, volte a ser criança, brinque, sorria, descubra que há um mundo desconhecido pertinho de Você. Ouça a música que emana das estrelas, ela está no silencio e poderá ouvir quando sua essencia estiver livre. Quando o ambiente, as pessoas ou algo te magoar, ou não estiver de acordo com sua essencia natural, veja tudo de cima. Como? Se Você está irritado, está cego, se respirar profundamente e avaliar com outros olhos, poderá usar uma visão espacial do fato, é como se fosse maior que tudo e pudesse ver de cima, olhos de uma ave voando. Pode ver o que está atrás, ir além daquele momento insano e com isso ter discernimento para resolver, avaliar e decidir o melhor para si. Cada vez queem um relacionamento, Você se deixa mandar, possuir, dominar, não é prova de amor, é limitação. Quando dois seres se amam pela essencia, há companheirismo, há proteção, há harmonia, caminham lado a lado, ninguém possui ninguém, somos seres únicos e independentes. Quem julga que ama, possuindo, tirando a essencia do outro, não ama, atua como parasita, tira as forças e pode até roubar a vida. O amor é a mais pura essencia e não está no corpo físico, está na alma, no estar junto, no prazer de viver, é seguir um caminho de mãos dadas com outra essencia pura. Mas se Você é do tipo que a paixão vem primeiro e possuir o outro é uma forma de sanar suas inseguranças, lembre que todos somos seres capazes de se libertar e um dia ele escapa, e pode acabar em fatalidade, depressão e outras coisas mais. Seja amigo das suas finanças, não gaste todo o rendimento que vem a Você, sempre guarde um pouco para o dia seguinte e quando ver terá renda para se dar aquele presente. Já notou que tudo que fazemos por impulso e ansiedade, não dá certo? Se for comprar algo nesta situação, sempre acabará comprando coisa errada ou se arrependendo depois, porque, antes de deixar que estas interferencias de ansiedade tomem o poder, é preciso libertar a essencia e avaliar se realmente é necessário comprar. Assim são todas as decisões, se não agrada, não deixa feliz, não dê tanto poder aos outros, viva sua essencia, ela é a luz própria que brilha dentro de Você. Já reparou quando vai dormir e sonha com algo bem feliz, não dá vontade de acordar. É porque ali somos pura essencia e estamos vendo a vida de fora. Sabia que sempre dizer Sim, é algo doentio? Se precisa dizer Não, tem que tentar, mesmo que vá doer em alguém. Porque tudo tem que doer em Você? Veja que buscar a verdadeira essencia é algo importante, pois através de muitos caminhos, como o auto conhecimento pode levar Você a descobrir um mundo novo, cheio de equilibrio e alegria. E com certeza será um ser feliz.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Adoro Meu Cantinho

O lar mostra nossos sonhos, conquistas, desejos, ajustes e desajustes na vida. Sendo um reflexo da nossa alma. Harmonizando o lar externo equilibramos o lar interno e vice versa.
Na minha casa tudo é mágico
Tem um delicado aroma de flores
Cada canto é um encanto

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Sabbat Yule

O termo “Yule” provavelmente derivou da antiga expressão indo-européia “Yehwla”, que significa “Solstício de Inverno”, data em que os antigos pagãos celebravam o ano novo. A Deusa dá à luz a um filho, o Deus, no Yule . O Yule é uma época de grande escuridão e este é o menor dia do ano, marcando na natureza a chegada do inverno. As Bruxas e Bruxos celebram ocasionalmente o Yule pouco antes da aurora, e a seguir observam o nascer do sol, como se fosse o anúncio de um recomeço e a recompensa de seus esforços. Uma vez que o Deus é também o Sol, isto assinala o ponto do ano em que o Sol renasce, acendemos então velas e fogueiras para saudar o retorno da LUZ DO SOL. A Deusa, a Terra, inativa durante o inverno repousa após o parto, assim como a Terra para de florescer no inverno dando forças para as sementes colhidas no verão e replantadas no outono germinem e brotem novamente, completando assim seu ciclo! Para os Bruxas e Bruxas esse é um lembrete que o produto final da morte é um RENASCIMENTO RECONFORTANTE para alegrar esses dias de frio e sossego. Yule é o momento na Roda do Ano no qual o Rei do Azevinho (Senhor das Sombras) é vencido pelo Rei do Carvalho (o Rei do Sol, a Criança da Promessa) que chega.
Em meio à temível escuridão do Inverno, a Deusa voltou Seus olhos para a Terra. Avistando a calma, inerte e peculiar beleza que repousava nas árvores sem folhas, na neve que cobria o solo e em Suas criaturas, agora reunidas em suas cavernas e casas para fugir do frio, resolveu descer ao Mundo para dar fim ao implacável período mortal que se estendia sobre todas as formas viventes. Embora soubesse que o florescer e frutificar da Terra, bem como a gestação da nova Criança, haviam lhe deixado cansada e que o tempo de escuridão fosse, então, mais do que necessário, a Senhora sabia que, acima de tudo, os Ciclos da Vida eram tão belos e poderosos quanto os Ciclos da Morte, e começavam a agitar-se nas profundezas do solo, lutando contra o inverno gelado para renascer. Ela sabia que era momento de retirar, finalmente, Seu manto branco que se estendia pelas florestas e vales, abrindo espaço para que estes pudessem tornar-se novamente verdes, pulsantes com energia vivente. A noite era a mais longa e mais escura que já havia se visto. Movimentando-se com dificuldade devido aos avançados estágios de Sua gravidez, a Mãe de todas as coisas adentrou a floresta agora negra, buscando Aquele que comandava esta época do ano. Calmo, silencioso e taciturno, o Rei Azevinho esperava-A em meio às arvores nuas. Sua coroa de viçosas folhas verdes e os rubros frutos que a cobriam pareciam um tesouro em meio aos galhos secos espalhados por toda a parte, como se uma estranha magia os tivesse conferido o poder de sobreviver a estes difíceis tempos. Seus olhos eram firmes, Seus lábios cerrados pareciam esboçar um sorriso incompreensível, resistente, único. A Portadora da Vida sabia que seria difícil convencê-Lo a retirar-se. No entanto, ao sentir a Criança da Vida mover-se em Seu ventre, Ela tinha certeza: era chegado o momento. A Deusa sorriu. Seus lábios pareciam compreender o Rei do Gelo, mas demonstravam uma sabedoria ainda maior do que a dele. Ela disse: “Belas são as Suas palavras, Meu filho e amigo. No entanto, não se esqueça: a Terra deixa-se beijar, mas pode envolvê-Lo no mais mortal e eterno dos abraços. E o que será de Suas verdes folhas quando a escuridão eterna roubar delas o brilho que as sustenta? Sem a ajuda da Criança que se prepara para tomar o Seu lugar, você não terá mais coroa, nem trono.” “Criança! Minha Amada, Minha Mãe, Minha Senhora! Olhe para Mim; veja a sabedoria do tempo estampada em Minha Face, em Meus olhos, em Minha barba! Por que Eu, que sou o Senhor do Conhecimento, devo ser substituído por uma Criança?” – disse o Rei azevinho, gargalhando. “Que poder pode tão pequena e inocente criatura ter, que seja maior do que o Meu?” Ela quase deixou levar-se pelas palavras do Senhor da Morte, mas sabia: Ele podia ser ousado o bastante para manipular palavras e tentar convencer a Ela, que O havia gerado; mas não havia palavras que pudessem convencer a Senhora de Todos os Ciclos a agir contra Sua própria natureza. Ela respondeu-Lhe da maneira mais coerente, e, portanto, mais verdadeira: “O Filho que espero pode ser agora pequeno, mas tem tanto poder quanto Você próprio, uma vez que ambos foram gerados em Meu condescendente ventre, e conhecem igualmente Meus Mistérios. Nós sabemos: Ele crescerá. Ele o faz até mesmo enquanto dialogamos, e torna-se cada vez mais próxima a hora de Seu nascimento. E à medida em que crescer, terá cada vez maior poder para degelar esta neve sob nossos pés. E então, eu vestirei Meu manto de beleza para saudá-Lo, para amá-Lo, de modo a restituir a vida e abundância a todas as Minhas Criaturas.” “Eu não o vejo crescer”, disse o Rei do Inverno, estendendo Suas mãos para recolher alguns flocos de neve que caíam dos céus. “Vejo apenas neve, gelo, e frio. Vejo o Inverno.” “Você mesmo disse que vejo além da tristeza. Pois bem, é verdade. Meus olhos vêem além da neve, e meus ouvidos escutam as árvores sussurrarem enquanto seus galhos se tocam. Preste atenção, Filho, repare no som dos carvalhos brotando sob a neve, tão lentamente, tão suavemente!” A Deusa apontou para baixo, e de Suas mãos pareceram surgir pequenas fagulhas, que desceram até o solo, abrindo espaço na neve e mostrando ao Deus os pequenos brotos quase invisíveis que cresciam sob o gelo. “Tudo vai, e tudo vem. Tudo morre, tudo renasce. Enquanto você reina, a vida lentamente caminha em sua direção, clamando por espaço. Até mesmo Eu, que sou a Senhora de Todas as Coisas, deixo a vida preencher-Me!” E colocando as mãos em Seu ventre pleno, a Deusa convenceu, enfim, o Rei do Inverno de que Morte e Vida pareciam ser opostas, mas eram irmãs, filhas Dela mesma, Senhora daquilo que é, foi e ainda será. “Receba comigo a Criança da Promessa, e recolha-se, Sábio Azevinho, pois chegará também o Seu momento de retornar.”
A Deusa deu alguns passos em direção ao Leste, e assim permaneceu por alguns instantes, de modo que o Rei Azevinho via apenas Suas costas. Subitamente, um clarão surgiu em frente à Deusa, que cantava. A Luz era tão forte que Ele teve que cerrar os olhos. A Senhora então voltou-se para Ele. Nos braços da Grande Mãe, havia um pequeno bebê, de onde vinha o brilho e a luz da Vida. Ele era tão belo, que fez o Rei Azevinho sorrir. “A Criança da Promessa retornou”, disse a Mãe dos Deuses. “Vamos saudá-la, pois agora temos a certeza de que a vida se derramará novamente sobre a Terra. O Rei Carvalho deve agora governar. E você, Rei Azevinho, deve ir agora. Nós o agradecemos por ter protegido o mundo durante este período de escuridão, e desejamos harmonia em sua jornada rumo às terras além do Oeste. Nós cuidaremos de Seu Reino, e aguardaremos também o Seu retorno, quando for o momento do Rei Carvalho despedir-se para que a vida continue, assim como Você agora o faz. Tudo o que vai deve um dia retornar. Lembremo-nos sempre desta máxima sagrada.” Com as palavras e as bênçãos da Senhora, o Rei Azevinho entregou sua coroa à floresta e partiu em direção aos caminhos do Oeste, de onde, como proferiu a Deusa, Ele um dia retornará. Mas isso é parte de outra história… por enquanto, saudemos o Rei Carvalho e abracemos, com vontade, a nova vida. O mito do Rei Carvalho e do Rei azevinho é um dos mais tradicionais nas épocas de Litha e Yule. Enquanto em Litha, o Rei Carvalho é desafiado pelo Rei Azevinho, que chega para governar a metade fria e escura do ano, o contrário ocorre em Yule. A noite mais longa do ano nos lembra que a Luz retorna ao mundo. Os dias serão cada vez mais longos, e em breve o Sol voltará a nos aquecer e trazer a vida de volta à Terra. Assim como o Rei Azevinho finalmente se convence de que a Criança da Promessa deve governar. Vamos celebrar a vida, a esperança e a promessa de dias mais quentes, melhores, com mais amor e beleza. A Deusa dá a luz ao Deus, que é homenageado como A Criança da Promessa. É impossível discutir as Tradições de Yule sem mencionar o Natal. Muitos dos costumes de Yule foram absorvidos pela Igreja Cristã, quando o Catolicismo tentava se estabelecer na Europa. O Natal Cristão já foi festejado em várias datas diferentes no decorrer do século, mas se estabeleceu no dia 25 de dezembro, pois associou muitos dos costumes da antiga e milenar celebração do Solstício de Inverno, que ocorre por volta de 21 de dezembro no hemisfério Norte. As Tradições Cristãs dizem que Maria deu à luz Jesus no vigésimo quinto dia, mas não confirma de qual mês. Finalmente em 320 d.C., a Igreja Católica decidiu marcar o nascimento de Cristo em dezembro para absorver o culto sagrado do Solstício de Inverno dos celtas e saxões. O Nascimento de um Deus no Solstício de Inverno não é exclusivo do Catolicismo, pois muitos “bebês divinos” nasceram nesta época. Mistras é um exemplo claro disso. Há muitas práticas que são utilizadas por Cristãos hoje que possuem origens essencialmente Pagãs. A Árvore de Natal, decorada com bolas e uma estrela no topo, não é nada mais nada menos que a antiga árvore que os Pagãos decoravam nos tempos ancestrais com velas, comidas e bolas coloridas (símbolos fálicos relacionados ao Deus) encimada por um Pentagrama, o símbolo da Bruxaria. As guirlandas, o azevinho, a Tora de Yule (Yule Log) queimando no fogo são todos costumes Pagãos. Yule, o Solstício de Inverno, acontece por volta de 21 de dezembro no hemisfério Norte e por volta de 21 de junho no hemisfério Sul. O Sol agora encontra-se em Nadir, por isso é a noite mais longa do ano.Muitos Pagãos celebram Yule com o festival da Luz, que comemora a Deusa como Mãe que dá nascimento ao Deus Sol, a Criança da Promessa. Outros celebram a vitória do Deus da Luz (Rei do Carvalho) sobre o Rei das Sombras (Rei do Azevinho), pois a partir desse momento os dias se tornarão visivelmente mais longos com o passar do tempo, mesmo com frio.Esse Sabbat representa o retorno da luz. Aqui, na noite mais escura e fria do ano, a Deusa dá nascimento à Criança do Sol e as esperanças renascem, e Ele trará calor e fertilidade à Terra. Yule é o tempo de celebrar o Deus Cornífero. Nesse dia, muitas tradições Pagãs se despedem da Deusa e dão boas-vindas ao Deus, que governará a metade clara do ano.Em tempos antigos pequenas bonecas de milho eram carregadas de casa em casa com canções típicas de Yule. Os primeiros Pagãos acreditavam que esse ato traria as bênçãos da Deusa às casas que fossem visitadas pelas Corn Dollies.Era um tempo ideal para colher o visco, considerado muito mágico para os Antigos Druidas, que o chamavam de o “Ramos Dourado”. Os druidas acreditavam que o visco possuía grandes poderes de cura e possibilitava ao homem mortal acessar o Outro Mundo. O visco é um dos símbolos fálicos do Deus e possui esse significado baseado na idéia de que as bagas brancas representam o Divino sêmen do Deus, em contraste às bagas vermelhas do azevinho, semelhantes ao sangue menstrual da Deusa. O visco representa a simbólica substância divina e o senso de imortalidade que todos precisam possuir nos tempos de Yule. A Tradição da Árvore de Natal tem origem nas celebrações Pagãs de Yule, nas quais as famílias traziam uma árvore verde para dentro de casa para que os espíritos da Natureza tivessem um lugar confortável para permanecer durante o Inverno frio. Sinos eram colocados nos galhos da árvore. Os espíritos da Natureza eram presenteados e as pessoas pediam aos elementais que as mantivessem tão vivas e fortes durante o Inverno como a árvore que recebia lindos enfeites. O pinheiro sempre esteve associado com a Grande Deusa. As luzes e os ornamentos, como Sol, Lua e estrelas que faziam parte da decoração das árvores, representavam os espíritos que eram lembrados no final de cada ano. Presentes eram colocados aos pés da árvore para as Divindades e isso resultou na moderna troca de presentes da atual festa natalina.As cores tradicionais do Natal, verde e vermelho, também são de origem Pagã, já que esse é um Sabbat que celebra o fogo (vermelho) e usa uma Tora de Yule (verde). Um pedaço de tronco que havia sido preservado durante todo o decorrer do ano era queimado, enquanto um outro novo era enfeitado e guardado para proteger toda casa durante o ano que viria. Os troncos geralmente eram decorados com símbolos que representassem o que as pessoas queiram atrair para sua vida. A tradição da Tora de Yule perseverou até os dias atuais entre os bruxos e bruxas, que fazem três buracos ao longe de um pequeno tronco e colocam três velas em cada buraco, uma branca, uma vermelha e uma preta para simbolizar a Deusa Tríplice. A Tora de Yule também é decorada com azevinho sempre verde para simbolizar a união da Deusa e do Deus. Em Yule a casa era decorada com azevinho, representando a metade escura do ano, para celebrar o fim da escuridão da Terra.Para os antigos celtas, celebrar o Solstício de Inverno era o mesmo que reafirmar a continuação da vida, pois Yule é o tempo de celebrar o espírito da Terra, pedindo coragem para enfrentar os obstáculos e dificuldades que atravessaremos até a chegada da Primavera. É o momento de contar histórias, canta e dançar com a família, celebrando a vida e a união. O tema principal desse Sabbat é a Luz em todas as suas manifestações, seja o fogo da lareira, seja de uma fogueira, de velas, etc. A Luz nesse Sabbat torna-se um elemento mágico capaz de ajudar o Sol a retornar para a Terra, para nossa vida, corações e mentes.Correspondência de YuleCores: vermelho, verde, dourado e branco. Nomes Alternativos: Solstício de Inverno, Winter Rite, MidWinter, Alban Arthan, Carr Gomm, Retorno do Sol, Dia de Fionn.Deuses: o Deus, como a Criança da Promessa, e a Deusa, como a Mãe. O Sabbat Yule é o Sabbat em que a Deusa se tornará Mãe. Embora envelhecida no Samhain, ela agora é a Mãe dando a luz. O Deus morto no último Sabbat renasce como seu próprio filho, que é intensamente esperado, afinal Ele é a Criança da Promessa, que vem trazer, em meio à escuridão da noite mais longa do ano no hemisfério norte, a esperança da volta do Sol. Yule é um tempo de esperança, um tempo de celebrar a alegria no nascimento da Luz. Yule é tempo de bençãos e de partilhar com seus familiares e amigos a alegria, o carinho com que a Deusa generosamente nos convida para a vida. Esse costume obedece à filosofia xamânica de renovação contínua de energia , para que nada fique estagnado." Ao longo de toda sua existência, a Igreja Católica veio assimilando cultos e práticas pagãos, alguns dos quais adquiriram papel fundamental no exercício da religião cristã. Pela observação sistemática de alguns destes cultos e práticas, comparando o significado que têm para os bruxos com o significado que têm para os cristãos. O ano bruxo se inicia no frio e escuro meio do outono (1º de maio no hemisfério sul e 31 de outubro no hemisfério norte). Nesta data se celebra o Tempo dos Idos, conhecido pela tradição celta como Samhain. Na verdade, no dia deste sabbat se considera que o ano acaba, mas por três dias o outro ainda não começa. E como se passa a estar fora do ano que se foi e o outro ainda não começou, trata-se de um período fora do tempo, onde vivos e mortos, bem como seres desprovidos de corpo físico, podem se encontrar. Enquanto as bruxas e os bruxos celebram Samhain, nesta época (noite do dia 31 de outubro a 2 de novembro), os cristãos estão celebrando o Dia de Todos os Santos (alterado de 13 de maio para 1º de novembro pelo Papa Gregório II, no século VIII) e o dia de finados (2 de novembro, conforme estabelecido pela Igreja em fins do século X). Tanto bruxos quanto cristãos dedicam este período a entrar em contato com entidades não encarnadas e lhes render homenagens. O sabbat seguinte é a festa do inverno, Yule, pela tradição celta. Este é comemorado no solstício de inverno, menor dia do ano, mas, justamente por isso, é o momento de renascimento do Sol, ou seja, a partir da celebração de Yule os dias começarão a crescer. No natal os cristãos celebram o nascimento de Jesus. Ainda criança, ele é a promessa de dias de glória. Enquanto isso, os bruxos, na festa do inverno, celebram o nascimento do Sol, como promessa de que o inverno que se inicia, tempo de dificuldades, será substituído pela primavera à medida que o Sol se tornar mais forte. Desta forma, tanto em um quanto em outro credo, se celebra o nascimento do Deus e a gradual substituição das trevas pela luz.

domingo, 17 de junho de 2012

O Eu-sombra e os Outros


Toda hora estamos todos ouvindo falar em trabalhar a sombra. Especialmente na Bruxaria, que tem por aspecto mais importante esse trabalho. Muitos a definem por essa busca de equilíbrio, ou tensão, entre a luz e a sombra. Para cada um, no entanto, definir a bruxaria é um caso particular e pessoal, assim como o trabalho da Arte deve ser. Mas, o que é a sombra? Jung, autor dessa definição do lado obscuro e negado do Ego (do Eu), a emprega como relativa ao que de inconsciente existe na alma humana, seu lado negado acima de tudo, o que para a personalidade é seu lado feio e terrível. Na busca da Individuação Jung diz que o trabalho com a sombra é extremamente importante. Mas, para nós bruxos o que é a sombra? Citei a definição de Jung, primeiro por ter sido ele seu empregador mais frente em seus estudos, segundo porque é a definição de sombra que mais se aproxima da nossa. Sombra é, portanto, aquela nossa face que não se reflete em nós mesmos. E, se reflete até, porém na maioria das vezes não a observamos. Como quando o sol está a pino sobre nossas cabeças, nossa sombra real se posta sob nossos pés e acreditamos que ela não existe. Essa é uma ótima alegoria para esse fato. Luz, ou a crença dela em demasia, torna mais escondida ainda a sombra. Porém ela continua lá, existindo. A sombra é nosso lado negado como quer Jung, mas é também nosso lado escondido, não só de nós mesmos como dos que nos cercam. Saber o que é a sombra não é, afinal, tão difícil. Faz-se mais trabalhoso enxergá-la, esse ser da noite e do escuro, assim como aceitá-la e trabalhar com ela. Enxergá-la é um fato curioso. Curioso porque, na minha opinião, é o único processo em que se pode realmente contar com os Outros, mesmo que apenas superficialmente. Podemos nos abrir para as críticas, para os apontamentos e a partir daí iniciar nosso trabalho. De fato, nesse caso os Outros terão papel até certo ponto ativo, porque nos processos seguintes esse papel é passivo, como veremos. Se abertos estivermos a ouvir e ver pelos olhos dos outros, estaremos dando o primeiro passo no trabalho da sombra. Ora, os outros podem vê-la projetando-se, de certa forma melhor que nós. Ë muito engraçado ver alguém tentar alcançar sua própria sombra correndo até ela como um louco, como o louco do tarô. Ele nunca a alcançará de fato, pois que ela o acompanha sempre. Ela está ali, não há o que buscar. A sombra é você, seu reflexo no material. O reflexo que seu corpo, iluminado pela luz, lança nos sólidos. A sombra é seu movimento, sua parte inconsciente e seu duplo aspecto tosco, caricato, mas é você! Sabendo que ela existe de fato e que o trabalho a ser feito não é de combatê-la ou elimina-la, como alguns podem pensar, sabemos agora que o trabalho com a sombra é algo mais sutil. Eu diria que o elemento de trabalho da sombra não é externo, como o corpo físico ou os corpos ao seu redor, diria que ele é interior. Diria que a luz da Lua Esotérica é seu elemento, o feminino é seu regente. Explico. Se observarmos a carta da força, no baralho de Marselha, temos lá uma mulher que delicadamente segura um leão pela boca. Ao contrário do que o título da carta pode sugerir, ela não lhe aplica uma força física, há ali em ação uma força muito mais sutil. E o fato de ser uma mulher a aplicá-la não é a toa. Esta mulher é a representação do feminino em ação, do feminino que existe em cada um de nós independente de nosso sexo. A força que devemos utilizar no trabalho com nossa fera interior, nossa sombra, é esta. É a força da passividade ativa. Aplicando-lhe uma força que não força. No trabalho da sombra isso se traduz como uma domesticação dos “defeitos”, de uma convivência passiva e proveitosa de nossas forças internas. Nossa máscara, nossa persona como diria Jung, não é forjada apenas das luzes do sol, da lua e das estrelas, ela também se compões do obscuro crepúsculo, da imensidão do cosmo, do fundo escuro do mar. Ela, nossa máscara, é uma Deusa caprichosa e indomável, ou convivemos com ela, MOLDANDO-A, na sua maleabilidade divina, ou partimo-la em mil pedaços e fazemos outra para nós. Essa atitude, embora radical, muitas vezes se faz necessária. Como toda Deusa, nossa máscara não admite meios termos. As faces do grande diamante brilham todas ao mesmo tempo, mas cada uma reflete por sua vez. Isso torna muito difícil enxergarmos em nós nossa divindade. Nossa máscara é nossa chave para a evolução. Ora, o que já temos de correto e luminoso (É difícil não usar de dicotomia) já é em si divino, porque o que há em nós de obscuro e maléfico não o seria? No entanto, é mister deixar claro que, não é porque a sombra e sua dicotomia - o mal, seja parte da Grande Divindade que esta face não precise de uns ajustes. Moldar o bem e moldar o mal de nossa máscara é um processo infinito, pois movendo a sombra movemos a luz. Assim, aceitando esse fato, o de que existe em cada um de nós e em tudo uma sombra que o delineia, é preciso usar esse poder para elevar-nos em nosso caminho. Aqui o trabalho com a sombra ainda se faz através dos Outros, esses seres de energia passiva. Porque os outros são passivos?, poderia perguntar você, já que eles a toda hora se zangam com nossas falhas. Eu te responderia que a reação é mais que natural, é um lei da física. Os Outros são na realidade passivos porque são nossos espelhos. É nos Outros que nos enxergamos, sem os Outros não seriamos Nós. A relação Eu-Outro é muito debatida no meio psicanalítico, mas ela é um fato. Nossa sombra se projeta a nossas costas ante a luz do outro, mas ele também tem sombra, e esse jogo torna a experiência fascinante. Quanto mais luz você for, mas ofuscado se sentirá seu espelho e menos você se verá. Mistério do Caminho... Entretanto, trabalhar com a sombra não é esperar que os Outros resolvam seus problemas. Trabalhar com a sombra envolve a maior força do universo, aquela que atrai, une, gera e concretiza: o amor. AH! Você poderia dizer. Então é só amar ao próximo! Não é só isso. Amar ao próximo sem amar a si mesmo não é algo que funcione bem. Só podemos amar os Outros quando pudermos amar a nós mesmos. Porque assim veremos nos espelhos, que são os Outros, todo o amor que temos. E sendo nós mesmos espelhos para os Outros, refletiremos esse amor pelo infinito das reproduções de imagens que se obtêm quando se colocam dois espelhos de frente. Fonte:Luciana Luz http://casabruxal.blogspot.com.br

sábado, 16 de junho de 2012

ESBAT

É a celebração do Plenilúnio, ou seja a Lua Cheia. Representa a fertilidade, a abundância, a prosperidade. Momento em que a Lua encontra-se plena, as marés estão cheias, a Mãe nutre todo o Universo e está repleta de amor. Neste Esbat trabalhamos o que queremos ver frutificando em nossas vidas. O Plenilúnio é o Esbat mais celebrado pelos bruxos, pois é o ápice da energia Lunar, muitas bruxas celebram, durante o mês, apenas a Lua Cheia. Porém ainda podemos celebrar as outras fases da Lua, e para cada fase, trabalharemos energias específicas. Chamo essas celebrações de Ritos Lunares, onde celebramos a Lua Crescente, a Lua Minguante e a Lua Nova. A Lua representa a energia feminina, a Deusa em suas três Faces e a correlação entre elas é a seguinte: Lua Crescente – Deusa em sua Face de Virgem; Lua Cheia – Deusa em sua Face Mãe; Lua Minguante – Deusa na sua Face Anciã; Lua Nova – A Deusa Negra. Reverenciamos a energia da Deusa e fazemos feitiços e outros trabalhos mágicos em conformidade com a energia Lunar de cada fase. Podemos trabalhar a cura de doenças, banimentos de energias nocivas, atração de bons fluídos, prosperidade, renovação e a transformação, e outras dezenas de temas, fazendo com que cada mês, seja um mês de crescimento e aprendizado, pois o hábito de celebrar todas as fases da Lua, traz a cada dia uma conexão maior com a Deusa e seu Consorte. Lua Crescente Representa o começo, coisas que iniciam, tem a força da jovem que retorna da escuridão trazendo a Luz, as marés mudam , tudo muda, tudo se transforma. A Deusa Virgem vem nos mostrar que é época de trabalhar em cima de idéias e objetivos novos. Lua Minguante Representa a morte. As marés agora estão na vazante, é tempo de recolhimento e de escuridão. A Deusa está em sua Face Anciã e caminha para a morte que antecede a vida. Na quietude desta escuridão, segredos são desvelados e caminhos descobertos. Esta energia é propícia a trabalhos de banimento, expurgo e cura. Lua Nova É o período onde não há Lua no céu, chamamos de Lua Negra, trabalhamos as Deusas Negras, a energia que nos conduz a vida e à morte, não a morte física, mas a morte de idéias e situações que já não nos são úteis. A Energia da Lua Negra, é a energia da regeneração.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A Bruxa de Salem

Autêntica Bruxa de Salem Laurie Cabot é uma Sumo Sacerdotisa que descende de ancestrais celtas, norte-americana e uma das primeiras a popularizar a Bruxaria nos Estados Unidos da América. É autora de livros tais como: The Power of the Witch, The Witch in Every Woman, Celebrate the Earth. Também fundou a Cabot Tradition of the Science of Witchcraft e Witches’ League for Public Awareness para defender os direitos civis dos Bruxos. Nos anos 70 foi declarada pelo governador Michael Dukakis como a “bruxa oficial de Salem, Massachusetts” honrando-a assim pelo trabalho prestado com crianças com necessidades especiais. Laurie Cabot continua residindo em Salem onde tem uma loja mágica chamada The Cat, the Crow, and the Crown (O gato, O corvo e da Coroa). É talvez uma das bruxas mais conhecidas no mundo. É considerada a “lenda” de Salem e uma respeitada celebridade local. Salem, Massachusetts, construiu uma indústria turística em torno de todo o lugar onde, em 1692, um grupo de mulheres jovens alegaram que estavam sendo enfeitiçado por seus vizinhos. Em resposta, 19 pessoas foram enforcadas após ser condenado por bruxaria, um homem foi esmagado até a morte por se recusar a cooperar com o tribunal, e 17 outros morreram enquanto era mantido na prisão. Laurie Cabot nasceu como Mercedes Elizabeth Kearsey em 1933 na cidade de Wewoka, Oklahoma. Cabot diz que desde criança mantem este interesse pelo ocultismo desenvolvendo-o em Boston enquanto se transformava numa jovem mulher que “assombrava” as paredes na Biblioteca Pública de Boston. Nos anos 50 trabalhou como dançarina no clube nocturno chamado “The Latin Quarter” propriedade de Lou Walters. Cabot foi questionada por Lou Walters para abrir o seu Las Vegas Latin Quarter cujo pedido recusou. Casou duas vezes e em cada casamento teve duas filhas, Jody Cabot and Penny Cabot as quais foram criadas como bruxas. Laurie Cabot abriu a primeira “loja de bruxas” (visite: a loja no youtube) no mundo, em Salem na década de 70, a qual foi considerada como um destino turístico e ela como “Bruxa Oficial de Salem”. Atualmente existem diversas lojas em toda a baixa de Salem, mas foi Cabot que desbravou o caminho para início deste negócio. Na loja vendia ervas, joalharia, baralhos de Tarot e outros items usados na bruxaria. Mais tarde transferiu a loja para uma velha casa na rua de Essex que chamou de “Crow Haven Corner”. A loja continua aberta, mas já não pertence à família Cabot. Laura Cabot mantém na mesma uma loja em Salem em Pickering Wharf e um popular destino turístico como também uma importante fonte para todas as bruxas. Cabot é bastante conhecida pelo seu negócio, palestras e livros. No final da década de 1980 teve uma participação nos talk-shows Oprah Winfrey Show e Phil Donahue. Ela é o mais alto perfil de bruxa no mundo. Ela é uma parte do folclore Salem, e uma celebridade local naquela cidade e em toda a costa de Massachusetts.

A Casa Mágica!

Enquanto isso na Casa da Bruxa... Todos nós sempre sonhamos em morar em um lugar confortável, bonito e que corresponda as nossas expectativas como um todo. Construímos nossas casas no pensamento, mas sempre com o intuito de torná-la real apenas no futuro. Nossas expectativas são sempre projetadas para o futuro. Todos querem ter seu próprio lugar, com as coisas à seu próprio modo, e desta maneira, o que mais vemos são pessoas insatisfeitas com seus lares. Muitas não estão propriamente insatisfeitas, mas agem com indiferença quanto ao lugar em que moram. De uma forma ou de outra o que inegavelmente acontece é que acabamos por negligenciar o local onde vivemos, o local que deveria ser nosso forte, onde poderíamos recarregar nossas energias. Nós, como Pagãos, como criaturas que buscam a reconexão com os conceitos básicos de felicidade, isto é, conceitos que nos aproximam da plena felicidade, que nos aproximam da natureza divina, como a harmonia, o equilíbrio, saúde, prosperidade, amor, realização , alegria e a Magia da vida, deveríamos prestar mais atenção a nossa casa, ao local onde vivemos e a tudo que nos rodeia. Porque nossa casa interfere sobre todos estes aspectos com os quais buscamos nos conectar. Assim como os Seres de outras espécies, nossos irmãos do reino animal, do reino vegetal e mineral por exemplo, precisam de determinadas condições físicas e energéticas em seus lares, sejam em cavernas, topo de árvores, solo, etc. Nós também precisamos de determinadas condições em nossas casas. Precisamos nos sentir bem dentro da casa onde vivemos atualmente. Não que devamos deixar de planejar aquela casa do futuro, mas primeiro vamos equilibrar as coisas onde estamos agora? Precisamos lembrar, também, que estamos tentando resgatar conhecimentos muitos antigos que foram atropelados pela era moderna. Vivemos em um mundo sintético e prático, fundamentalmente, e acabamos esquecendo que não é bem isso que queremos. Somos constantemente influenciados por propagandas, hábitos e idéias alheias que acabam transformando nossa casa em um lugar estranho, frio, por vezes até hostil. A casa de um Pagão (Bruxa/Bruxo) precisa ser um local confortável, principalmente energeticamente. Nesta seção daremos dicas mágicas de como equilibrar as energias de sua casa, livrar-se de larvas astrais deixadas por um antigo morador, ou que foram entrando sem ser convidadas! Há dicas também para aqueles que pretendem alugar ou comprar um imóvel, mas este não será o foco, pois sabemos que não é o caso da maioria, de um modo geral o que aprenderemos é como podemos equilibrar as energias de nossa casa, e de certo modo até a decoração, de forma que possamos nos sentir bem dentro dela, como seres mágicos que somos, sem que para tanto precisemos demoli-la e construi-la de novo. =) Enfim, vamos transformar nossa casa em uma legítima casa de Bruxa! Onde nos sentiremos bem até construirmos a casa tão projetada, onde será nosso local de recarga das energias ao fim do dia, onde todos aqueles a quem queremos bem e que, portanto, estão na mesma sintonia que estamos se sintam bem, e aqueles que nos querem ou nos desejam mal sejam instintivamente repelidos por ela. Afinal, como você já dever saber, os objetos de um pagão possuem vida, possuem alma, e com a casa não é diferente! jussara cristina