sábado, 2 de abril de 2011

A Fada Morgana

Morgana fala... 

Em vida, chamaram-me de muitas coisas: irmã, amante, sacerdotisa, maga, rainha. O mundo das fadas afasta-se cada vez mais daquele em que cristo predomina. Nada tenho contra o Cristo, apenas contra os seus sacerdotes, que chama a Grande Deusa de demônio e negam o seu poder no mundo. Alegam que, no máximo, esse seu poder foi o de Satã. Ou vestem-na com o manto azul da Senhora de Nazaré – que realmente foi poderosa, ao seu modo –, que, dizem, foi sempre virgem. Mas o que pode uma virgem saber das mágoas e labutas da humanidade?
E agora que este mundo está mudado e Arthur – meu irmão, meu amante, rei que foi e rei que será – está morto (o povo diz que ele dorme) na ilha sagrada de Avalon, é preciso contar as coisas antes que os sacerdotes do Cristo Branco espalhem por toda parte os seus santos e lendas.

Pois, como disse, o próprio mundo mudou.
Houve tempo em que um viajante se tivesse disposição e conhecesse apenas uns poucos segredos, poderia levar sua barca para fora, penetrar no mar do Verão e chegar não ao Glastonbury dos monges, mas à ilha sagrada de Avalon: isso porque, em tal época, os portões entre os mundos vagavam nas brumas, e estavam abertos, um após o outro, ao capricho e desejo dos viajantes. Esse é o grande segredo, conhecido de todos os homens cultos de nossa época: pelo pensamento criamos o mundo que nos cerca, novo a cada dia.


E agora os padres, acreditando que isso interfere no poder do seu Deus, que criou o mundo de uma vez por todas, para ser imutável, fecharam os portões (que nunca foram portões, exceto na mente dos homens), e os caminhos só levam à ilha dos padres, que eles protegeram com o som dos sinos de suas igrejas, afastando todos os pensamentos de um outro mundo que viva nas trevas. Na verdade, dizem eles, se aquele mundo algum dia existiu, era propriedade de Satã, e a porta do inferno, se não o próprio inferno. Não sei o que o Deus deles pode ter criado ou não. Apesar das historias contadas, nunca soube muito sobre seus padres e jamais usei o negro de uma de suas monjas-escravas. Se os cortesãos de Arthur em Camelot fizeram de mim este juízo, quando fui lá (pois sempre usei as roupas negras da Grande Mãe em seu disfarce de maga), não os desiludi.

E na verdade, ao final do reinado de Arthur, teria sido perigoso agir assim, e inclinei a cabeça à conveniência, como nunca teria feito a minha grande Senhora, Viviane, Senhora do Lago, que depois de mim foi a maior amiga de Arthur, para se transformar mais tarde em sua maior inimiga, também depois de mim.
A luta, porém, terminou. Pude finalmente saudar Arthur, em sua agonia, não como meu inimigo e o inimigo de minha Deusa, mas apenas como meu irmão, e como um homem que ia morrer e precisava da ajuda da mãe, para a qual todos os homens finalmente se voltam. Até mesmo os sacerdotes sabem disso, com sua Maria sempre-virgem em seu manto azul, pois ela, na hora da morte, também se transforma na Mãe do Mundo.

E assim, Arthur jazia enfim com a cabeça em meu colo, vendo-me não como irmã, amante ou inimiga, mas apenas como maga, sacerdotisa, Senhora do Lago; descansou, portanto no peito da Grande Mãe, de onde nasceu, e para quem, como todos os homens, tem a finalidade de voltar. E talvez – enquanto eu guiava a barca que o levava, desta vez não para a ilha dos padres, mas para a verdadeira ilha sagrada no mundo das trevas que fica além do nosso, para a ilha de Avalon, aonde, agora, poucos, além de mim, poderiam ir – ele estivesse arrependido da inimizade surgida entre nós.(...)
A verdade tem muitas faces e assemelha-se à velha estrada que conduz a Avalon: o lugar para onde o caminho nos levará depende da nossa própria vontade e de nossos pensamentos, e, talvez, no fim, chegaremos ou à sagrada ilha da eternidade, ou aos padres, com seus sinos, sua morte, seu Satã e Inferno e danação...Mas talvez eu seja injusta com eles. Até mesmo a Senhora do Lago, que odiava a batina do padre tanto quanto teria odiado a serpente venenosa, e com boas razões, censurou-me certa vez por falar mal do deus deles.
“Todos os deuses são um deus”, disse ela, então como já dissera muitas vezes antes, e como eu repeti para as minhas noviças inúmeras vezes, e como toda sacerdotisa, depois de mim, há de dizer novamente, “e todas as deusas são uma deusa, e há apenas um iniciador. E cada homem a sua verdade, e Deus com ela”.
Assim, talvez a verdade se situe em algum ponto entre o caminho para Glastonbury, a ilha dos padres, e o caminho de Avalon, perdido para sempre nas brumas do mar do Verão.

Mas esta é a minha verdade; eu, que sou Morgana, conto-vos estas coisas, Morgana que em tempos mais recentes foi chamada Morgana, a Fada.

Marion Zimmer Bradley, in As Brumas de Avalon
Awen 

Avalon a Ilha Sagrada


  Saudações amigos!!!
            Existem muitos mistérios que envolvem a Sagrada ilha de Avalon.... Mistérios que muitos ja tentaram desvendar, sem sucesso... Até hoje, não se sabe se realmente é real sua história, ou se apenas uma lenda criada por um povo antigo.
Para os verdadeiros seguidores da Grande Mãe, para aqueles que têm a magia dentro do coração, Avalon realmente existe, e está em algum lugar, pronta para ser encontrada por aqueles que crêem em sua existência.
            Eu, não tenho dúvidas a respeito de sua existência, sinto sua presença constante dentro de meu coração... e um dia, nós, filhos de Avalon, retornaremos a esse lugar espetacular, de onde um dia saímos para mostrar ao mundo um pouco da sabedoria da grande Mãe!!!
Vejamos abaixo, o que livros e sites falam de Avalon. A visão da mitologia, e a visão de quem acredita em sua existência.
Boa leitura!!
Bênçãos da Deusa!!!


AVALON OU GLASTONBURY

Castelos e fortificações de pedra compõem boa parte da paisagem da Inglaterra rural. Em muitos deles, a passagem do Rei Arthur e de seus leais cavaleiros da Távola Redonda com seus feitos nobres deixou marcas, ajudando a construir suas histórias.
Mas é no sudoeste da Inglaterra, a 150 km de Londres, na cidadezinha de Glastonbury (um dos lugares mais sagrados da Inglaterra) que expedições arqueológicas encontraram não só vestígios de um Arthur em carne e osso como também do seu refúgio, a lendária Ilha de Avalon.
Para muitos respeitáveis estudiosos, porém, não há dúvidas de que a pacata e bucólica Glastonbury de hoje foi outrora a mítica Ilha de Avalon e atrai visitantes de todos os gêneros: românticos fascinados pela história do rei Arthur, peregrinos à procura da herança da antiga religião, místicos em busca do Santo Graal, em busca da energia que emana de Stonehenge que era ligada ao antigo rio Avalon, ainda quando Glastonbury era rodeada por pântanos, enquanto; os astrólogos são seduzidos pela existência de um zodíaco na paisagem, chamado Templo das Estrelas de Glastonbury por Katherine Maltwood.
Pesquisas arqueológicas atestam que os campos de Glastonbury há milhares de anos, foram pântanos drenados, ou seja, a cidade já foi uma ilha, o que reforça sua proximidade com as lendas de Avalon também chamada de "Ynis Vitrin" ou Ilha de Vidro. O nome Avalon tem origem no semi-deus celta Avalloc. Os Celtas a consideravam uma passagem para outro nível de existência.
Segundo pesquisadores, Avalon ainda pertencia ao mundo, a comunidade de lá convivia pacificamente com os cristãos, que ali chegaram pedindo abrigo. Foram acolhidos com a condição de que não interferissem nos cultos e nas tradições antigas. Diz-se que padre José de Arimatéia levou o cálice Graal contendo o sangue de Jesus para a ilha de Avalon (Glastonbury com seus pântanos atualmente drenados).

Em Avalon havia suas deusas e deuses, vivia em harmonia com a natureza, ao seu ritmo, seguindo as mudanças das estações do ano, os ciclos da lua com seus antigos rituais. Viviam lá as Sacerdotisas da Lua e aprendizes dos mistérios e forças da natureza, conheciam a magia, as ervas para curar, os segredos do céu e das estrelas e a música principalmente...Em Avalon onde tudo florescia era iluminada pelo sol.
Entretanto, com o passar do tempo, os padres (não José de Arimatéia, que se “dizia”, teria uma concepção contrária de outros padres) começaram a ver os cultos pagãos como profanos, dizendo que em seus rituais o demônio era adorado, condenando-os. Muitas comunidades pagãs foram destruídas, e a partir de 391, com a consolidação do cristianismo como religião oficial do Império Romano, as perseguições tornaram-se maiores e os cultos pagãos foram totalmente proibidos.
Avalon é uma ilha sagrada. Há muitas eras, pertencia ao mundo, mas hoje, está entre a Terra e o Reino Encantado, cercado pelas brumas que encobrem a ilha e a separa do mundo dos homens.
Inúmeros sítios místicos da Bretanha envolvem uma história particularmente rica e variada, figurando em cultura druida, cristãos, cultos celtas, no ciclo arturiano e na espiritualidade da Nova Era. No entanto, mesmo as associações mais antigas são relativamente novas, se comparadas com os primórdios dos marcos sagrados. Há 6 mil anos ou mais, alguns desses sítios constituíam o solo sagrado de um povo mais remoto – os adoradores neolíticos da Deusa-Mãe.
A Deusa, uma divindade da mãe-terra reverenciada pelas sociedades primitivas em muitas partes do mundo, aparentemente teve seus seguidores na Inglaterra. Em Silbury Hill há uma enorme colina perto de Stonehenge, que teria representado o ventre da deusa grávida. Para erguê-la, seus construtores teriam feito um esforço prodigioso, arrastando cerca de 36 milhões de cestas cheias de terra, durante 15 anos.
A pedra-ovo, considerada símbolo da poderosa mãe cósmica pode possuir uma energia própria: Dowsers afirma que ela emite fortes vibrações. Com quase 40 metros de altura, uma estrutura artificial pré-histórica que alguns historiadores acreditam que ela representasse um olho, um símbolo usual da deusa-mãe. O morro em si seria a íris e o círculo em seu topo, a pupila.
A 1,50 quilômetro a leste de Glastonbury, ergue-se a mais de 150 metros de altitude outra colossal gravidez da terra, o Tor, um cone extraordinário, visível de todas as direções em um raio de mais de 30 quilômetros.
Ao redor de suas encostas os terraços construídos pelos homens formam um imenso labirinto que se enrosca até o corpo. Alguns pesquisadores acreditam que esses caminhos tortuosos foram projetados para a prática de rituais pagãos, na pré-história.
O Tor é coroado pela torre em ruínas de uma igreja dedicada a São Miguel, um célebre caçador de dragões e inimigo dos espíritos do mal.
Os monges medievais erigiram a igreja com o intuito de cristianizar o local e erradicar seus vínculos com reis e deuses pagãos.
O que na minha opinião, este tipo de estratégia nunca funcionou, pois a fé está dentro de nossos corações, em nossos pensamentos e a natureza é a nossa razão principal, não serão templos erguidos pelas mãos de mortais que irão fazer de nós pessoas boas ou ruins.
Segundo uma lenda celta, a entrada para Annwn, a morada subterrânea das fadas, pode ser encontrada através de túneis e câmaras naturais localizadas debaixo do Tor. Seria através desse portal que Gwynn ap Nudd, rei das fadas, teria partido em caçadas selvagens para encontrar e roubar os espíritos dos mortos.
O Tor de Glastonbury é inconfundível em uma vista aérea. Sobressai de tal maneira na paisagem, que induziu à hipótese de ter servido como referência para a aterrissagem de discos voadores. “Tor” em celta significa Portal, passagem; estaria ali o umbral que permite a passagem do nosso mundo para a ilha sagrada de Avalon.
                          
Uma tradição milenar relata também que está em Glastonbury (antiga Ilha de Avalon) o Poço do Cálice Sagrado (Chalice Well), onde José de Arimatéia, amigo e protetor de Cristo, no ano 37 d.C., teria escondido o Santo Graal, o cálice da Santa Ceia, contendo o sangue de Jesus. O poço fica nas proximidades da colina de Tor.
É um lugar muito apreciado para meditação. De uma fonte, sai uma água pura e cristalina com propriedades medicinais. O sangue do cálice teria sacralizado e tingido a água pura do poço.
Esta é realmente vermelha. Segundo cientistas, devido ao alto teor de ferro no solo. Para os turistas e locais, beber as águas do "Chalice Well" é beber da própria fonte da juventude.
Enfim, Glastonbury é um berço sagrado que abriga muitos mistérios...


AVALON, A ILHA SAGRADA DAS FADAS, BRUXAS...



Avalon,  palavra provavelmente do celta, abal: maçãs. A terra dos Deuses, a ilha das maçãs, um reino de pura beleza e amor, de maravilhas, da magia da grande Deusa, a busca constante de todo o ser humano que, apesar de todas as desilusões, ainda tem a esperança de fazer deste mundo uma lenda real, ou seja, um lugar melhor para se viver.
A maçã representa a imortalidade, o conhecimento e a magia. Existem vários relatos referentes a sua simbologia e às viagens célticas, conhecidas como Immran, ao Outro Mundo, supostamente, uma realidade contígua à realidade comum.
Os Immram, são jornadas místicas, nas quais um herói é atraído por uma fada, que lhe entrega um ramo de maçã e o convida para ir para o Outro Mundo, como em "A Viagem de Bran", Filho de Febal. Outro Immram, relata "A Viagem de Maelduin", que trata da busca do herói pelos assassinos de seu pai. Ele passa por uma ilha onde encontra uma macieira e dela corta um ramo com três maçãs. Estes frutos são capazes de saciar a sua fome e a de seus companheiros por quarenta dias sem ingestão de qualquer outro alimento. (Jean Markale, 1979:246).
Avalon também recebe o nome de Ilha Afortunada, pois suas colheitas são fartas e abundantes. Diz a lenda que, era governada por Morgana e suas nove irmãs, sacerdotisas guardiãs do caldeirão do renascimento, símbolo da Grande Deusa, capaz de curar todos os males. Além de evocar as brumas para adentrarem à ilha encantada.
Avalon está associada a Caer Siddi (Fortaleza das Fadas), o Outro Mundo ou Annwn, a Terra da Eterna Juventude. Ilha feérica, onde apenas o povo das fadas e os nobres cavalheiros de alma pura podiam adentrar.

Existia em Caer Siddi uma fonte que jorrava vinho doce e onde o envelhecimento e a doença eram desconhecidos. Entre os seus tesouros havia um caldeirão mágico, tema diretamente ligado à abundância existente na Ilha das Maçãs. (Ellis, 1992:25; Geoffroy de Monmouth, Vita Merlini e Jean Markale, A Grande Epopeia dos Celtas).
Na mitologia céltica existem dois tipos de mitos sobre o caldeirão: o caldeirão do renascimento e o caldeirão da abundância. Dagda, pai de todos os Deuses, possuía um caldeirão proveniente da cidade de Múrias. Ao provar dele, ninguém passava fome, (Ellis, 1992:77). Já Matholwch recebera o caldeirão do renascimento do Deus Bran e com ele era possível ressuscitar um morto, mas que perderia a capacidade de falar. (Mabinogion, 1988:31).
O caldeirão, mais tarde, deu origem ao mito do Graal, inicialmente nas obras de Chrétien de Troyes. Com a sua cristianização em fins do século XII, o conteúdo do cálice passou a ser o sangue de Cristo. Simbolizando o conhecimento e o alimento da alma. A propósito da temporalidade do Outro Mundo, representada pela "Insula Pomorum", Ilha Paradisíaca, onde a passagem do tempo não é percebida pelos humanos que para lá vão, como pode ser visto nos relatos sobre Bran. (Le Goff, 93).
A ilha sagrada de Avalon não existe nas dimensões de tempo e espaço conhecidos por nós. Ao longo dos séculos, as pessoas tentam localizá-la, em locais como: o País de Gales, a Irlanda, a Cornualha e a Bretanha.
A cidade de Glastonbury, em Somerset na Inglaterra, é particularmente associada a Avalon, através dos seus mitos e lendas locais, relacionando a colina do Tor como sendo a entrada do Annwn, lar de Gwynn ap Nud, o rei das fadas e guardião do submundo. Descendo a colina, em meio aos carvalhos, chega-se a "Chalice Well Gardens", os Jardins do Cálice Sagrado, fonte de água avermelhada com propriedades curativas, reforçando o mito do Santo Graal.
Invisíveis aos olhos descrentes, as brumas revelam seus mistérios apenas aos que servem ao princípio maior, junto aos Deuses. A lenda se torna realidade, mas o medo, como sempre, é o grande desafio daqueles que estão na travessia deste portal mágico, prestes a desvendar os segredos do Outro Mundo.
Avalon é o templo do mundo interior, terra da eterna magia e saber que oferece iniciação e esclarecimento a todos que iniciam nessa jornada. E, somente, aqueles que compreendem que a vida é infinita em suas possibilidades poderão abrir as portas deste mundo.
O universo nos coloca, sincronicamente, em caminhos que irão modificar não apenas a nossa existência, mas toda a realidade que nos cerca.
Avalon se apresenta nos corações daqueles que são sinceros e seguem o que lhes foi traçado pelos Deuses, mas, somente nós somos os responsáveis por tecer o fio do nosso destino.

A Floresta Sagrada

A Floresta Sagrada é morada das árvores anciãs, que nos orientam a sustentar nosso viver; das tempestades intensas, que nos ensinam como somos afetados pelos elos e conexões com as leis naturais. Ela é também lar das calmas chuvas que animam nossos passos suados e cansados; dos peixes, que nos despertam para fluir nos caminhos das águas da vida; dos mosquitos, que nos alertam sobre o cuidar de si; dos sapos, que anunciam o próximo dia; das borboletas, que nos ensinam a responsabilidade da transformação e a busca da origem de quem realmente somos. Afinal, somos natureza, floresta... Somos vida.

O ser humano se distanciou do Sagrado e vê a natureza com objetivos ilusórios de poder e controle, provocando a infeliz trajetória de destruição da vida, do desmatamento, da biopirataria, da manipulação da vida em laboratório.

O homem cria meios de finalizar o ciclo natural, como a monocultura, na qual um vegetal é rigidamente confinado com fins produtivos, para obter quantidades absurdas de produtos, trocando o “sistema natural” pelo "egossistema".

Essa atitude gera um grande desequilíbrio e, no caso de uma floresta nativa, que acompanha o ciclo natural do existir em elo, um vegetal auxilia a continuidade de outra espécie vegetal. Já o plantio de uma só cultura produz uma infinidade de impactos ambientais, disseminando problemas e doenças, e levando os seres humanos a mexer intensamente na genética da planta para compensar o erro original; e faz isso sem qualquer lucidez ou ética.

Os ciclos estão sendo rompidos com imensa facilidade. Mesmo com a natureza ensinando que se leva um tempo enorme para construir, além de muito trabalho, e que destruir é muito mais rápido, a arrogância do ser humano faz com que pense que tem o poder em suas mãos, levando-o a criar condições terríveis para a continuidade da vida na Terra.

O excesso de informação corrompida leva-o a pensar que viver numa floresta é algo absurdo, primitivo. Esse tipo de pensamento sequer deixa espaço para a mente criar uma tecnologia natural voltada a nutrir a terra e a viver em harmonia com as florestas do mundo.

As florestas do mundo são o mundo, e nós seres humanos somos filhos destas várias mães, que nos sustentam, nos ensinam, nos alertam para a condição de seres vivos. Desta maneira, desconsiderar o que é uma floresta é negar a própria origem, apagar o caminho de nossa existência, acreditando que poderemos reverter facilmente o mal que realizamos.

A sociedade contemporânea prioriza o instantâneo, afirmando que necessitamos viver enquanto existe vida e deixando que nossos filhos e netos dêem um jeito na situação, vendendo a falsa idéia que, com o avanço tecnológico, alcançaremos uma solução sem esforço, dando a esperança de que não precisaremos fazer nada para consertar o que fizermos de errado, pois a tecnologia a “ser descoberta” o fará.

Essa maneira de pensar afirma que a floresta se encontra sentenciada ao desaparecimento e, então, busca aproveitar o agora, porque amanhã ela não existirá mais. Isso sem contar as terras que são vendidas ou doadas para fins agropecuários, para pessoas sem amor ou compreensão do ecossistema, da biodiversidade e dos mais simples fluxos da vida.

Quando uma pessoa entra numa floresta somente para se divertir, por curiosidade, ela não absorve a lucidez que a vida natural ensina. Ela está ali pela superficialidade da experiência e acaba se deixando levar pela falta de atenção, deixando passar um vegetal que está à sua frente, passando para outra planta que se encontra adiante, limitando sua percepção visual, auditiva e sinestésica a um minúsculo mundo de querer e desejar. Sem saber por que realmente está fazendo aquilo, perde a real extensão da mãe-natureza.

Se vivêssemos segundo o equilíbrio e a sabedoria dos elos e da natureza, poderíamos crescer e sustentar todas as pessoas que existem no planeta hoje. Bastaria seguir a sabedoria do fluxo das leis naturais, e este pensamento, transformado em atitudes reais, proporcionaria uma visão apurada do que é uma floresta. Deixaríamos a visão de “bicho na natureza selvagem” e reconheceríamos que uma formiga é um ser tão sábio quanto uma onça, que os cupins são tão nobres quanto uma arara, que os pernilongos são os guardiões da floresta. Nossa visão se ampliaria e mudaria.

Abrindo nosso campo interno para acolher a vida, conseguimos observar a natureza para entendê-la. O ser humano adquire a capacidade de ir além do visível, dos dados técnicos e mapas gráficos, passando a ser um com a natureza.

O externo se conecta com o interno e, nesta nova condição, pode entender que a floresta é o portal de retorno ao Sagrado, o local em que todos os meios sensoriais se comunicam em amplas freqüências, um ponto em que percebemos o espiritual em tudo.

Nesse caminho, compreendemos que as árvores conversam em um sistema avançadíssimo de conexão, no qual vibrações são transferidas a longas distâncias e se materializam em movimentos como aromas, campos magnéticos, fluxo de temperatura, entre outros milhares de manifestações próprias dos seres que já estão num nível de consciência expandida.

O tempo, nesse ponto, é diferente. Basta observar uma árvore com 150 anos. Nascida de uma semente, viveu cada etapa desse tempo, passando por vários momentos como chuva, calor, frio. Nela, vários seres fizeram ninhos, viveram e morreram por gerações e, como uma mãe, ela sustentou esses ciclos de existência.

Nos ciclos da natureza observamos nascimento, vida, morte e renascimento. No nascer físico de um ser humano, o feto é a reunião biológica de um novo corpo para um ser que é antigo como espírito. Essa ação produz para este novo ser uma oportunidade para seu amadurecimento, na vida física.

Essa mesma situação ocorre com uma semente no ciclo de vida de uma árvore, no qual ocorrem a gestação, o desenvolvimento dessa vida, o parto, a infância, a adolescência, a maturidade e a velhice, ensinando a planta sobre a sabedoria do renascimento

No crescimento da árvore, em seu amadurecimento, há a vinda das flores, dos frutos e, com eles, as sementes. Estas caem das árvores e encontram o solo. Essa aparente queda das sementes é a doação sagrada, o parir de uma nova vida, e esse cuidado é tão amplo que muitas árvores soltam suas folhas ao solo, formando um manto sustentador no qual as sementes vão cair, manifestando naturalmente sua germinação. E na semente encontra-se toda a potência e sabedoria da árvore-mãe que, pouco a pouco, irá se manifestar em plenitude.

Essa nova árvore é a essência de sua mãe-anciã; o corpo desse vegetal é novo, mas sua essência é a mesma que a mais antiga de sua espécie; embora a árvore seja da mesma espécie, em seu crescimento, ela irá mostrar um movimento próprio mediante seu entrecruzamento com os ventos, com a chuva, com os raios do sol, além de outros milhares de entrecruzamentos. E assim a vida expressa sua beleza de dentro para fora, da origem para a extensão.

A floressta ensina pelo silêncio. Basta observar o tronco de uma árvore por dentro e perceberemos vários movimentos nas fibras ou estruturas: são as “palavras de ensino” que a sabedoria daquela árvore nos transmite. Por exemplo: a existência de árvores mais fibrosas do que outras; de madeira dura e madeira mole; os pontos de reunião, conhecidos como "nós"; regiões expandidas, por esta razão, mais claras e moles.

Os caminhos na fibra são usados como um guia pelo marceneiro no momento em que precisamos materializar algum utensílio para nossa vida, pois são expressões da sabedoria das árvores. Ao segui-los, poderemos notar que a materialização do utensílio fica mais clara, tranqüila e simples.

As árvores não falam com palavras. Seu idioma são os movimentos de suas fibras, suas cores e toda sua manifestação como seres da natureza. Quando uma árvore já realizou toda a sua expansão e se encontra na velhice, isto fica aparente em suas cascas e poderemos observar em suas folhas o caminho da morte.

E nesse movimento da lei cósmica ocorrerá a reunião e a expansão, e a árvore morrerá de um estado para renascer em outro. Seus pedaços apodrecidos dentro da floresta úmida são os mantos sustentadores do nascimento de novas vidas, de microrganismos que trarão a força de ignição na germinação e no crescimento de novos vegetais.

Na floresta, há vida em todos os lugares. Mesmo que ela nos pareça vazia, é apenas uma ilusão dos ruídos da mente, pois há muitas vidas embaixo ou acima da terra, no alto das árvores, no céu, em todos os lugares da floresta.

Quando se expande a consciência, caminhar dentro de uma floresta é desenvolver a flexibilidade interna e externa, pois temos de mexer o corpo, adaptar-nos à caminhada. Abaixando-nos para passar debaixo de um tronco, arrastando-nos para atravessar algum local, damos voltas, começando novos caminhos.

E esses são movimentos que estimulam a maturidade espiritual do ser, pois eles nos lembram que, quando a floresta chamar, nós saberemos como entrar devagarzinho, observando o caminho e sempre na direção que o fluxo da vida vai ensinar. 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O Tempo das Fogueiras


Bem, vou postar um pouco sobre Os Tempos das Fogueiras, época essa onde ocorreram as perseguições contra as Bruxas e todas aquelas pessoas que eram suspeitas de praticar Bruxaria... Vale ressaltar que foi o CIRSITANISMO que fez todas essas atrocidades em nome de seu Deus! Post retirado do Livro das Sombras!


... milhares de mortos em nome de Deus. Nunca será esquecido... não pode ser esquecido ... jamais...

Após a Igreja Católica ter sido formada e haver adquirido poder (Nas custas de outras Religiões Pagãs como a Wicca), os costumer dos Pagãos foram vistos como uma ameaça ao sistema religioso recentemente estabelecido e à adoração aos Deuses Pagãos fora banida. Os antigos festivais foram superados pelos novos feriados religiosos da Igreja, e os antigos Deuses da Natureza e da Fertilidade, transformados em terríveis e maléficos Demônios e Diabos.

A Igreja Patriarcal chegou até a transformar várias Deusas Pagãs em Diabos masculinos e maus, não somente para corromper deidades da Religião Antiga, como, também para apagar o fato de o aspecto feminino ter sido objeto de adoração. No ano de 1233, o Papa Gregório IX, insistiu o Tribunal Católico Romano, conhecido como a Santa Inquisição, numa tentativa de terminar com a heresia. Em 1320, a Igreja (A pedido do Papa João XXIII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos Pagãos constituíam um movimento e uma "ameaça hostil" ao Cristianismo.

Os Bruxos tornaram-se heréticos e a perseguição contra todos os Pagãos, espalhou-se como fogo selvagem por toda a Europa. É interessante notar que altes de uma pessoa ser considerada herética, ela tem, primeiro que ser cristã, e os Pagãos NUNCA foram cristãos. Eles SEMPRE foram Pagãos.

Os Bruxos (Junto com um número incalculável de homens, mulheres e crianças inocentes, que não eram Bruxos), foram perseguidos, brutalmente torturados, por fezes violentados sexualmente ou molestados, e então, executados pelas autoridades sádicas, sendentas de sangue da Igreja, que ensinavam que seu Deus era um Deus de amor, compaixão e misericórdia.

Comment: Me explica então, se o Deus dos Cristãos têm mesmo compaixão, amor e misericórdia, porque ele permitiu que em seu nome milhares de pessoas foram violentadas, molestadas e sacrificadas brutalmente só porque pertenciam a uma outra ordem religiosa, ou apenas porque não seguiam uma religião? Esses não são os que verdadeiramente mereciam o Castigo Divino?

A Bruxaria na Inglaterra tornou-se uma ofensa ilegal no ano de 1541, e, em 1604, foi adotada uma Lei que decretou a pena capital para os Bruxos e Pagãos. Quarenta anos mais tarde, as 13 colônias na América do Norte, decretaram também a penda de morta para o "Crime de Bruxaria". (¬¬')


No final do século XVII, os seguidores que permaneciam leáis à Religião Antiga, viviam escondidos, e a Bruxaria tornou-se uma Religião subterrânea secreta após uma estimativa de um milhão e messoas ter sido levados à morte na Europa e mais de trinta condenados em Salem, Massachusetts, em nome do Cristianismo.

Embora os infames julgamentos das Bruxas de Salem, em 1692, sejam os mais conhecidos e bem documentados na história dos Estados Unidos da América, o primeiro enforcamento de um Bruxo na Nova Inglaterra realmente aconteceu em Connecticut, em 1647, 45 anos antes que a história contra a Bruxaria se abatesse na Vila de Salem. Ocorreram outras execuções Pré-Salem, em Providence, Rhode Island, em 1622. O método mais popular de extermínio dos bruxos na Nova Inglaterra era a forca. Na Europa, a fogueira.

Outros métodos  incluiam a prensagem até a morte, o afogamento, a decaptaçãp e o esquartejamento (Fora outras práticas que obviamente os Cristãos praticavam contra os Pagãos, tais como o estúpro e outras ainda que mantinham em segredo e que até hoje são desconhecidas!). Durante 260 anos, após a última execução de um Bruxo, os seguidores da Religião Antiga mantiveram suas práticas pagãs ocultas nas sombras do segredo, e somente após as Leis contra a Bruxaria terem sido finalmente revogadas na Inglaterra, foi que os Bruxos e Pagãos, em 1951, oficialmente saíram do "quarto das vassouras".

As Treze metas da Wicca

Conhecer a si mesmo
Saber sua arte
Aprender
Usar o que você aprendeu
Manter o balanço de todas as coisas
Manter suas palavras verdadeiras
Manter seus pensamentos verdadeiros
Celebrar a vida
Alinhar você mesmo com os ciclos da Terra
Manter seu corpo correto
Exercitar seu corpo e sua mente
Meditar
Honrar a Deusa e o Deus

Essas metas devem ser seguidas pelos praticantes da Wicca, já que realmente acreditamos nelas. Há também algumas leis da Wicca, que assim como as metas devem ser seguidas e respeitadas.

Antes de mais nada, é importante citar as quatro palavras do Mago. Antes de começar o estudo da magia, é básico você saber e seguir essas quatro palavras. Primeiro tente entendê-las, pois sem que você as entenda, não há como ser um bom praticante de magia.

Saber;
Ousar;
Querer;
Calar.

São as quatro palavras do Mago. Para ousar, precisamos saber. Para querer, precisamos ousar. Precisamos querer para possuir império. Para reinar, precisamos manter silêncio.

quinta-feira, 31 de março de 2011

A Carta de uma Bruxa


Eu sou uma bruxa. Não trabalho para o demônio, não estou interessada no Satã. Satã foi inventado pelos cristãos. Satanismo é uma forma de cristianismo. Eu não sou um cristão.

Eu não vou a igreja aos domingos. Eu não temo ir para o inferno porque eu acredito no inferno tanto quanto acredito no Satã.



Eu acredito em reencarnação; que voltarei para este mundo ou outro, e viverei outra vida.

Eu não sou má. Dizer as pessoas que eu sou uma "boa bruxa" ou perguntar me se sou uma boa bruxa implica que há más bruxas. Há pessoas más no mundo , e há pessoas que escolhem usar com as forças da natureza no propósito para fazer mal aos outros; essas pessoas não são bruxas. A lei principal da bruxa é "Faça o que quiseres sem a ninguém prejudicar".

Por favor não me pergunte sobre sacrifício de gatos ou profanação igrejas. Eu amo meus gatos. E eu não vou a igrejas e sinagogas a menos um amigo de outra religião me convide para uma ocasião especial. E se tenho que entrar numa igreja, eu não vou sofrer um "ataque divino". E se um cristão, ou um Judeu, ou um budista vem a um ritual pagão, nossos deuses não atacarão até morrer. Não é isso algo a se pensar?

Vestir um pentáculo não é diferente que vestir uma cruz, crucifixo ou uma estrela de Davi. Se você quer que eu retire o símbolo da minha religião (e Wicca é uma religião, protegida pela mesma Primeira Emenda dos Direitos como outras religiões.) por que é ofensivo, você precisa fazer com que cada um de cada religião o faça também. Os cinco pontos da estrela simbolizam os cinco elementos: Terra, Ar, Fogo e Água, e o quinto ponto é o Espírito. Circundado pelo Mundo. Como que pode ofender, não dá para imaginar. Uma imagem de um torturado, um homem agonizando é mais ofensiva, e mesmo assim, milhares de pessoas usam crucifixos todo dia.

Também, não me pergunte se eu estou num coven com aquele jeito horripilante, meio aquele tom de voz "fascinada". Se eu quero falar sobre meu coven, eu irei educá-la. Se sou um praticante solitário, eu não tenho coven para discutir.

Em qualquer caso, em nossos rituais temos velas, comida, bebida, poesias, dança...sim, há uma faca, mas ela só corta o ar, e não carne de alguém.

Eu não bebo sangue. Não sou a mesma coisa que vampiro. Eu visto preto porque isso mantém a negatividade fora e porque fica melhor em mim que laranja e bolinhas roxo/púrpura.

Se você quer me perguntar algo relacionado a minha religião, pergunte-me quando a próxima lua cheia vai chegar. Ou melhor, quando a próxima lua azul vai chegar. Ou pergunte o que a lua azul. E Pergunte-me sobre ervas. Cristais. Curas. As vezes me pedem para fazer uma poção do amor. Mas eu não lanço feitiços em outras pessoas e não lançarei um feitiço em você para ficar linda, magra, mais atraente . E eu não vou lançar um feitiço no seu "desejado" para fazer ele te amar . Acredite-me, você não quer isso. Isso é forma de manipulação , mandar em alguém , infringe na sua liberdade. Não é bom para ninguém.

E também não vou lançar um feitiço para alguém parar de fazer algo contigo. Magia funciona como uma co-criação. Uma bruxa funciona com energia universal, com os deuses, "inclinando" a máquina de probabilidade para algo.

Precisa de dinheiro? Não tente enfeitiçar seu chefe a dar um aumento. Simplesmente peça ao Universo que aumente os "fluidos" de abundância e prosperidade em sua direção . Isso não afeta ninguém.

Última coisa; dar-me um livro sobre a inquisição é como dar um livro sobre o Holocausto a um judeu. Não é engraçado, é rude.

Por favor não tente me deixar envergonhada com o que faço ou o que sou. Por favor não tente me converter ou me "salvar". Não atire água benta em mim.

Não me deixe "santinhos" sobre minha mesa ou pára-brisa. Eu não necessito ser salva.

Nós somos orgulhosas pelo fato de não precisarmos recrutar pessoas para serem bruxas. Nós simplesmente somos, e todos a nossa volta nos verão como pensamos, como agimos, na nossa paz interior, e só quando uma pessoa diz "como faço para me tornar um bruxa?" nós fazemos ela adentrar conosco.

Eu nunca irei deixar uma propaganda da religião com alguém. Eu não tenho uma propaganda, a não ser que considere esta carta como uma. E eu não estou interessada em convertê-lo. Eu só peço a você que me compreenda. E se não quiser me compreender, apenas me deixe sozinha.

Abençoados sejam,
Uma bruxa

Existe algo que você precisa saber


Se você está buscando a Bruxaria, você precisa saber:



Não é em mestres, livros, cursos pagos ou sites que você encontrará a verdade. A verdade está única e exclusivamente dentro de você. Todos esses recursos citados podem lhe ajudar, e definitivamente você pode utilizá-los como recursos, mas nada substitui o que você tem aí dentro, que são os seus sentimentos e intuições.



Ninguém deve dizer a você o que fazer, o que dizer, o que é certo e o que é errado. Observe a natureza, que inclui você mesmo. O que você vê? O que você sente?



Qual a sensação que você tem quando o vento bate no seu rosto? Você conversa com os animais? Já ficou feliz de dançar na chuva? Já fez um pedido de olhos fechados e ele se realizou?



Isso não é Bruxaria, é apenas magia simples, que até crianças fazem e é maravilhoso. A Bruxaria é um ato consciente. É você fazer tudo isso acima, mas de forma consciente, sabendo porque está fazendo aquilo - tem uma INTENÇÃO.



Bruxaria não existe sem intenção. Nenhum tipo de feitiço funciona sem intenção.



E Bruxaria não é só a arte de fazer feitiço. A isso damos o nome de feitiçaria. E sim, as Bruxas são feiticeiras, mas nem toda feiticeira é uma Bruxa. E sabe por quê? Porque na bruxaria temos uma relação íntima com o sagrado - mas o que cada um vê como sagrado é problema seu.



Há Bruxas que são politeístas. Outras são simplesmente pagãs, sem denominações. Outras cultuam o casal divino. Simplesmente não importa o que é considerado sagrado - o que importa é que a Bruxaria é a arte de fazer feitiços sim, mas ligada à divindade. Não existe Bruxaria sem conexão com as divindades e desenvolvimento interior. Não existe Bruxa burra. Não existe Bruxa que faz uma coisa sem saber o que está fazendo. Se isso acontece, você não é uma Bruxa, as Bruxas simplesmente sabem, e fazem.

Você sabe que é um Pagão quando:

1) Você é visto conversando com gatos.


2) Eles entendem o que você diz!


3) Eles respondem.


4)Quando perguntam se você acredita em Deus, você responde : "Qual deles?"


5) Você sabe o quer dizer Athame.


6) Você tem um armário cheinho de especiarias e não cozinha.


7) Você sabe que olíbano e frankincenso são a mesma coisa.


8) Toda vez que chega um livro sobre celtas, o proprietário da livraria reserva um para você.


9) Você sabe que há exceções às leis da física...você as causa.


10) A primeira coisa que seus convidados dizem a chegarem em sua casa é : "Oh que belo... belos altares...você tem aqui".


11)No Samhain você grita para as pessoas na rua: "Feliz Ano Novo!".


12) Você têm amigos que dizem que são elfos...vc acredita neles.


13) Você comete pecadossssssss no plural.


14) Logo após sua morte seu primeiro pensamento é: "De novoooooo..."


15)Gaia não é só um personagem do Capitão Planeta.


15) Você acha que as Brumas de Avalon são um texto sagrado.


16) Você sabe que existe um modo correto e um incorreto de traçar um pentáculo. Você sabe porque e pode ensinar isso.


17) Você passou um ano e meio procurando um familiar,


18) Você fala com as árvores.


19) Elas respondem.


20) Você sabe que fadas e dragões existem. Você já falou com eles.


21) Pintar você mesmo de azul, ficar nu, arrepiar os cabelos dançando e passar a noite em volta de uma fogueira significam um programa legal de fim de semana.


22) Você conhece o simbolismo de um Mastro de Beltane.


23) Você já terminou um telefonema com Blessed Be!


24) Seus filhos saem por ai explicando que os Deuses amam a diversidade


25) Você está lendo esta lista.


26) Você entende o que está nesta lista!


27) Você tem coisas a acrescentar nela!  

Poema de Bruxa


Poema da Bruxa

"Eu sou uma bruxa básica
faço magias do dia a dia
Gosto de fazer travessuras
o meu lema é espalhar a alegria

Pego a vassoura encantada
e saio varrendo as tristezas
queimo tudo no caldeirão
e vou apreciar, da vida, as belezas

Como toda boa bruxa,
eu adoro a natureza.
O verde, as flores e o azul do céu
Com fitas em tons de violeta
eu adorno o meu chapéu.

Meus encantos e sortilégio
são feitos com amor e paz
têm o pó mágico da esperança
quebre este encanto se for capaz!

Tenho muitas irmãs e irmãos
Eu sou parte do universo
Saúdo a todos os bruxos
nas linhas deste meu verso.

Bruxas e bruxos de todos os
tempos
Convoco-os ao círculo das mãos
Vamos orar pelo Planeta

pedindo a Paz, o Amor e a União"

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Paganismo

A palavra paganismo deriva do latim "paganus", que literalmente, quer dizer: homem do campo, camponês ou aldeão; um termo usado para se referir as diversas religiões dos antigos camponeses da Europa chamados de pagãos, pelos romanos. E que, até os dias de hoje, é usado equivocadamente para identificar todo aquele que não é cristão ou não foi batizado através dos preceitos comuns da igreja católica.
O paganismo é um dos caminhos que nos leva ao bem maior e à comunhão dos Deuses dentro de nós, em termos religiosos, é o culto e a reconexão com a própria natureza. Alguns celebram o caminho da Arte sozinhos ou com outras pessoas, membros de um mesmo grupo ou tradição, conhecidos como covens, tribos ou clãs. 
Existem muitas vertentes dentro do Paganismo, dentre esses caminhos, alguns estão claramente definidos e possuem uma organização própria, outros não. Os caminhos mais conhecidos, hoje em dia são: Reconstrucionismo Celta, Druidismo, Wicca, Odinismo, Ásatrú e Xamanismo.
Há muitos mistérios que envolvem o paganismo. O próprio pentagrama é um deles. Um símbolo pagão muito antigo e, muitas vezes, associado ao "mal" ou quando invertido, ao satanismo e aos rituais satânicos. E que nos dias de hoje se tornou um simbolo, quase que oficial, do paganismo moderno. Lembrando que o pentagrama não é um símbolo de origem celta. Os antigos celtas contemplavam o mistério da vida e da morte, através dos círculos e das espirais.  
Enfim, o paganismo não tem nenhuma relação com satanismo ou magia negra. Numa versão mais moderna, a estrela de cinco pontas representa, os quatro elementos, mais o quinto elemento, como sendo o éter ou espírito divino.
Os mistérios pagãos vão muito além das brumas do tempo... Prestes a renascer!
As brumas são os véus que encobrem o mistério do caminho gasto pelo uso. Muitos são os que vão nos ver e não vão nos entender, além de não conseguirem absorver toda a sabedoria dos Antigos, simplesmente por medo e ignorância.
Abençoado seja o resgate às tradições celtas e a sacralidade da natureza!
Ouça agora mesmo o chamado, vá direto para Glastonbury e ultrapasse o Portal...
Absorva todos os conhecimentos vindos de Avalon, através da lenda e dos mitos. Não tema passar pelas brumas, um mundo maravilhoso espera por todos aqueles que trazem a fé e o amor dentro de seus corações. Que assim seja!
Ser pagão é buscar constantemente harmonizar-se com a infinita sabedoria da natureza, onde se aprende diariamente através da linguagem da Terra e da Lua, das folhas das árvores, da beleza do canto dos pássaros, do cheiro das ervas e das flores, a conhecer o valor do respeito, do amor e do equilíbrio.
Paganismo, seria o nome dado para as pessoas que seguem as religiões politeísta, panteísta e animista, que respeitam a natureza e cultuam Deuses e Deusas, como por exemplo: Druidismo, Xamanismo e Reconstrucionismo Celta.
Mas, que fique bem claro,  que pagão não é ateu e muito menos cultua o "diabo", que álias, é uma figura existente apenas no meio cristão, criada para dominar as pessoas através do medo e da culpa! 
Pagãos acreditam e prestam culto às divindades pagãs centradas na verdade, no bem e no belo, aos espíritos da natureza e aos seus ancestrais. Apesar das diversas definições sobre o paganismo, é importante ressaltar que todo pagão é politeísta e respeita todas as formas de vida, assim como a própria natureza, que lhes é sagrada, tirando partido dela sem que assim venha destruí-la.
Atualmente, aqueles que seguem o paganismo celta, buscam aprimorar-se além das práticas diárias e sazonais, estudam a história, a arqueologia, os mitos, as lendas e o resgate das línguas celtas, principalmente o gaélico.
A celebração dos festivais solares automaticamente religa o homem aos ciclos naturais da Terra e às mudanças das estações. Cada ciclo reflete diretamente toda sua influência sobre nós e a partir deste princípio, passamos a vivenciar e a compreender melhor essas mudanças, além de todos os ciclos lunares.
Podemos encontrar uma grande variedade de tradições dentro do paganismo, mas esta variedade de experiências espirituais são apenas ramos diferentes da mesma árvore e, como tal, deve ser respeitada como a representação máxima da unidade divina. Nossos maiores mestres são a própria natureza e os Deuses.
Enfim, fuja daqueles que possuem caldeirões lotados de ego negativo. Isso não quer dizer que ser pagão é ser "perfeito". A perfeição é um dos objetivos do nosso caminho e, de modo geral, de todas as pessoas. O "bem" e o "mal" são relativos, pois o verdadeiro pagão busca o equilíbrio entre a luz e a sombra, com responsabilidade e bom senso. Essa é a real iniciação da alma e do coração. Que assim seja!

Stonehenge

Os povos saxões o chamavam de Hanging Stones (Pedras Suspensas), escritos medievais chamavam de Dança dos Gigantes. Estas são denominações diferentes para referir-se ao mesmo monumento, hoje conhecido como Stonehenge (do inglês arcaico Stan = pedra + hencg = eixo).
Stonehenge é um complexo monolítico, formado por círculos concêntricos de pedras que chegam a ter cinco metros de altura e pesar quase cinqüenta toneladas, situado na planície de Salisbury, sul da Inglaterra, a cerca de 130 quilômetros de Londres. Os responsáveis por sua construção, os métodos utilizados e sua finalidade, mantêm-se, ainda nos tempos atuais, como um grande enigma.
Originalmente, o monumento era um círculo externo que media 86 metros de diâmetro. O círculo interno, com pedras maiores, de 5 metros de altura, contava 30 metros em seu diâmetro. Possuía 30 blocos verticais sobre os quais coloca- ram-se 30 blocos horizontais, formando um ininterrupto anel de pedra. Ainda mais alto, são os cinco portais que formam a ferradura externa, com cerca de nove metros de altura e perto de 15 toneladas. Ainda, existia uma avenida de acesso principal onde situavam-se os portais de pedra. Havia também do lado externo do círculo maior, uma série de cavidades no solo que circundavam o monumento. Estas cavidades estavam destinadas a um outro círculo de pedras, que nunca seria construído.
Ao analisar as pedras utilizadas, percebe-se que foram minuciosamente cortadas para que uma se encaixasse sobre a outra, formando os chamados trilitos. Embora já estejam bastante apagadas devido à ação do tempo, diversas pedras trazem desenhos ou inscrições rupestres feitas pelas antigas civilizações.




A construção de Stonehenge


No século XX, arqueólogos, através da técnica de datação do Carbono 14, estabeleceram que a construção de Stonehenge teve início em torno de 2950 a.C. e encerrou-se em aproximada- mente 1600 a.C.. Portanto, as primeiras pedras erguidas nesta obra sustentam-se há mais de 5000 anos.
Se a construção de Stonehenge se estendeu por mais de 13 séculos e técnicas diferentes foram utilizadas para erguer o monumento, considera-se que vários povos habitaram o local neste período. Assim, não apenas uma, mas algumas culturas que habitaram a região atuaram em sua construção.
Não há referências seguras sobre quais povos participaram desse trabalho. Mas há evidências arqueológicas de que há cerca de 10 mil anos, naquela região, já havia presença humana. No século XVIII, William Stukeley, astrólogo e membro da maçonaria, argumentava que era um templo construído pelos druidas, sacerdotes do povo celta. Mas os celtas estabilizaram-se cerca de 1000 anos após a conclusão do monumento. Portanto, esta possibilidade é descartada e conclui-se que Stonehenge teria sido obra de povos anteriores aos celtas.
Recentemente, em 2003, operários que instalavam tubulações em Boscombe, área próxima ao sítio histórico de Stonehenge, encontraram uma tumba coletiva com sete corpos (três crianças, um adolescente e três homens). Ao lado dos esqueletos, havia pontas de flecha e potes de barro datados de 2300 a.C., época da construção de Stonehenge. Ao analisar as camadas de esmalte dos dentes dos esqueletos, pesquisadores descobriram traços da composição da água encontrada na região de Wales, local de origem das pedras centrais de Stonehenge. Essa evidência levou à conclusão que os Arqueiros de Boscombe (como foram apelidados) provavelmente, ajudaram a erguer as pedras do monumento.


Merlim e os gigantes
O escritor e clérigo inglês Geoffrey de Monmouth, em sua obra Dança dos Gigantes (1130), narra que Uther Pendragon, pai do lendário Arthur, por volta do século V, após uma traição de Heingist liderando os saxões a um massacre de 460 nobres britânicos numa conferência de paz, decidiu elevar um monumento em memória dos guerreiros mortos. Assim, Pendragon convocou Merlim e o mago sugeriu a busca de antiqüíssimas pedras gigantescas que formavam um círculo mágico, capaz de curar todas as enfermidades, construído por gigantes na Irlanda.
Os gigantes, que eram pacíficos e infantis e tinham longa vida, haviam criado os círculos de pedra para saudar a natureza e para brincar, provocando assim uma certa disputa para ver quem construía um número maior de círculos (esta seria a origem dos inúmeros círculos distribuídos por toda Europa até hoje). Segundo Merlim, esta raça extinta de gigantes havia transportado essas pedras mágicas da África para a Irlanda. A água que fosse derramada sobre as pedras mágicas adquiria poderes curativos. Dessa forma, os gigantes tratavam seus ferimentos com preparados de ervas combinadas à água mágica.
Pendragon e seu irmão Ambrosius convocaram um exército de 15 mil homens a fim de transportar as pedras. Mas todas as tentativas fracassaram. Foi então que Merlim, valendo-se de poderes mágicos, transportou-as até os barcos que as trouxeram até Salisbury, na Inglaterra. Merlim dispôs as pedras ao redor das sepulturas, da mesma forma que os antigos gigantes. Segundo a lenda, ainda hoje encontram-se as inscrições dos túmulos de Uther e Aurelius.


Atkinson e os arqueólogos
Em 1950, Richard Atkinson e outros arqueólogos britânicos, elaboraram a teoria sobre o processo de construção de Stonehenge, que teria sido realizado em três etapas. Outras teses apontam para quatro etapas entre 3100 a.C e 1100 a.C.. Mas o raciocínio de Atkinson ainda é o mais aceito no meio científico.
Assim, na primeira etapa, no final do período neolítico, foi construída uma planície que forma o círculo externo, do qual se dispunham cinqüenta e seis cavidades conhecidas como Aubrey Holes, formando um anel. A primeira pedra, posicionada na vertical, conhecida como Heel Stone, foi disposta do lado de fora do círculo, frente à única entrada do monumento. Ainda, foram dispostas outras quatro pedras conhecidas como Pedras de estação.
A segunda etapa teve início aproximadamente duzentos anos mais tarde, já na Idade do Bronze. Neste processo, ocorreu a construção do duplo círculo interior, formado por oitenta blocos de pedra (conhecidos como bluestone) trazidos das montanhas de Prescelly, sul do País de Gales, a 320 km de Stonehenge.
Acredita-se que as pedras foram transportadas por embarcações através da costa gaulesa e posteriormente, em terra firme, levadas sobre cilindros até o local do templo. Estas pedras foram posicionadas na vertical, no interior do círculo primário. Além disso, foi construída também a avenida que leva ao monumento de Stonehenge e à margem externa das planícies.
Na terceira e última etapa, iniciada em torno de 2550 e estendendo-se até 1600, os dois círculos internos compostos pelas pedras foram desfeitos e reconstruídos. Nesse momento também foram posicionadas as pedras transversais que se apóiam sobre as pedras eretas. Ainda, o bloco conhecido como Pedra do Altar foi posicionado em frente a um dos trilitos.




Stonehenge: ciência e espiritualidade ancestrais


Além dos povos responsáveis pela cons- trução, o período cronológico e as técnicas utilizadas para erguê-lo, as incertezas sobre o monumento de Stonehenge também estão presentes quando aborda-se sua finalidade. A região de Wiltshire é rica em ruínas pré-históricas. Woodehenge, Durrington Walls e mais de 350 sepulturas são provas da atividade dos antigos habitantes locais. Ao redor do monumento principal, existem outras obras intrigantes. Afastado de Stonehenge, 800 metros ao norte encontra-se o chamado Cursum, uma pista reta com 2800 metros de comprimento e 90 metros de largura, que seria utilizada em procissões e cerimônias religiosas.
Ainda na região de Stonehenge encontra-se os Círculos ingleses, que são desenhos circulares surgidos misteriosamente em campos de cultivo de soja, trigo, cevada e milho. Interessante é que os cereais cultivados dentro dos círculos, tendem a desenvolver-se 40% mais que outros mais afastados. Este fato leva a crer que esta região possui algum tipo de energia natural e que os antigos tinham conhecimento disto. Por isso optaram por construir Stonehenge, que seria um templo religioso, naquele local, e assim intensificar e absorver esta energia.
Mesmo havendo um vasto sítio de pedras na região, os monólitos utilizados foram trazidos de muitos quilômetros de distância. Isto leva a crer que essas pedras eram essenciais para a perfeita conclusão do trabalho e reforça o conceito de que Stonehenge tenha uma finalidade religiosa. Pois estas pedras, trazidas de tão longe, teriam um caráter sagrado e ritualístico para os povos antigos.
Vestígios de corpos cremados encontrados nas Aubrey Holes indicam que ali foram celebrados ritos funerários e que estas cavidades podem ter simbolizado um portal para outros mundos. O esotérico John Michell sugere que se trata de um templo cósmico dedicado aos doze deuses zodiacais.
Em sua obra História dos Hiperbóreos, de 350 a.C., o grego Hecateu de Abdera atribui uma finalidade ao monumento: "ergue-se um templo notável, de forma circular, dedicado a Apolo, Deus do Sol". O arquiteto inglês do século XVII, Inigo Jones, fez o primeiro estudo sério sobre Stonehenge e considerou-o um templo romano. Se Stonehenge é obra de várias culturas, pode-se supor que suas finalidades também sejam diversificadas.
A perfeição geométrica faz supor que este trabalho tenha sido realizado por inteligências superiores extraterrenas, e que funcionasse como um campo de pouso para discos voadores ou apenas uma referência para navegação interplanetária. Porém, obviamente, esta é uma tese não científica que fica limitada a alguns grupos de ufologia.
Ainda, pode-se analisar Stonehenge sobre a ótica da arqueoastronomia, ciência que tem por objetivo estudar os conhecimentos astronômicos dos povos antigos. Desse modo, o astrônomo americano Gerald Hawkins, estabeleceu diversas relações geométricas entre o posicionamento das pedras do monumento. Stonehenge seria um observatório pré-histórico cujo alinhamento das pedras produz um traçado de linhas que marcam o nascer e pôr do Sol em datas chaves como os solstícios. Os movimentos do Sol, da Lua e das estrelas, podiam ser seguidos, os eclipses podiam ser previstos e os deuses do Zodíaco adorados no tempo próprio. Assim, Stonehenge não teria apenas uma finalidade religiosa, mas também, em parte, científica.
No século XX, Stonehenge abrigou celebrações de neopagãos. A partir de 1918, o local passou a ser recuperado. Algumas pedras que, devido ao tempo, estavam inclinadas e prestes a tombarem, foram reposicionadas. Em 1985, as autoridades inglesas, a fim de preservar o monumento e a região, proibiram os festivais neopagãos. Atualmente, o local é administrado pelo English Heritage e foram tomadas medidas rigorosas para garantir sua preservação. O número de visitantes é de cerca de 700 mil por ano.
Independentemente de sua finalidade, o monumento de Stonehenge é mais que um ponto turístico; é uma obra que desafia os pesquisadores modernos e excita a imaginação de cada visitante. Certamente, o fascínio exercido pelo monumento não está apenas em sua grandeza e imponência desproporcionais ao pensamento contemporâneo, mas principalmente, nos mistérios que cada pedra guarda, há mais de 5 mil anos.